Veteranos do Black Sabbath partem em turnê com novo nome

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A reunião da versão do Black Sabbath liderada por Ronnie James Dio demorou a acontecer. Mas é pouco provável que dure por muito tempo.

E que ninguém ouse chamar a banda de Black Sabbath. O grupo vai pôr o pé na estrada sob o nome de Heaven and Hell, uma referência ao álbum de estréia de Dio com o Sabbath, em 1980, um ano após a saída do grupo do vocalista original, Ozzy Osbourne.

A mudança de nome foi feita para não confundir a banda com o Sabbath original reativado, que pretende lançar um novo álbum e turnê em 2008 (o plano original tinha sido de fazê-lo ainda este ano).

"Existe apenas um Black Sabbath", disse a esposa e empresária de Ozzy Osbourne, Sharon Osbourne, após o anúncio da reformação da banda liderada por Dio, em outubro passado.

O Heaven and Hell também terá dois outros co-fundadores do Sabbath, o guitarrista Tony Iommi e o baixista Terry "Geezer" Butler, além do baterista Vinny Appice.

A turnê mundial começou em 11 de março em Vancouver e vai continuar até 30 de março, com um show no Radio City Music Hall, em Nova York, sendo retomada em 22 de abril em Phoenix. Os concertos nos EUA estão sendo abertos pelo Megadeth e Machine Head.

Dio disse: "Estamos vendo esse projeto como tendo data para terminar. Todos nós temos outros compromissos, e já tivemos muitos desentendimentos no passado. Então esta talvez seja uma maneira de evitar que isso se repita."

Mas Iommi foi mais otimista: "Não fechamos as portas. Essa é uma daquelas situações tipo 'vamos ver como vai ficar'."

Iommi disse que a turnê terá apenas canções dos períodos em que Dio esteve na banda, então não adiantará nada os fãs pedirem "War Pigs" e "Iron Man". Além do álbum de platina "Heaven and Hell", em que tocou o baterista original Bill Ward, Dio apareceu no disco de ouro "Mob Rules", de 1981, e em "Dehumanizer", de 1992, além do álbum de concerto "Live Evil", de 1982. O Heaven and Hell pretende filmar e gravar pelo menos um show da turnê deste ano.

Depois de "Live Evil", Dio deixou o Sabbath, iniciando uma carreira de sucesso à frente de sua banda própria, e foi substituído primeiro por Ian Gillan e depois por Tony Martin. Ele se uniu ao Sabbath outra vez para "Dehumanizer", que teria decepcionado os fãs.

Iommi disse que os desentendimentos anteriores entre os músicos já ficaram para trás.