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Atualizado em 31/03/2006 às 16h35

O movimento da Via Campesina realizou na manhã desta sexta-feira (31) um dos maiores e mais barulhentos dos seis protestos realizados pelos integrantes desde o início da 8.ª Conferência das Partes da Convenção de Diversidade Biológica (COP8), evento da ONU que acontece em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

Pelo menos 800 agricultores do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul ocuparam três das duas pistas da avenida que dá acesso ao Expo Trade Center, local do evento. De acordo com a Via Campesina, cerca de 5 mil pessoas participaram.

A Via Campesina protestou contra os transgênicos e testes de campo para sementes do tipo terminator (estéreis). O alvo das vaias são as delegações do Canadá e dos Estados Unidos, dois dos quatro países que ainda lutam para liberar pesquisas com as sementes. O Brasil já teria adotado postura contrária à pesquisa. A definição sobre o tema deve sair nesta sexta-feira, último dia da conferência.

Os agricultores formaram um imenso corredor na frente da entrada do Expo Trade. Apesar da manifestação, o trânsito na PR-415 fluiu normalmente. Veículos da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) estiveram no local e orientaram o trânsito.

A manifestação se encerrou às 11h, quando os agricultores voltaram ao acampamento - no antigo Parque Castelo Branco. Participaram da manifestação, principalmente, o Movimento Sem-terra (MST), Movimento de Pequenos Agricultores (MPA) e o das Mulheres Camponesas (MMC).

Na avaliação de Roberto Baggio, coordenador estadual do MST, os constantes protestos foram válidos - citando a decisão do Brasil de identificar, em 2012, nos rótulos de produtos quando "contém transgênicos". "Encerramos um processo histórico de um mês de protestos, que começou em Porto Alegre e terminou hoje (sexta-feira) aqui em Curitiba", avaliou.

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