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Show

Vinicius com alma lírica

Mônica Salmaso faz show em tributo ao poeta e compositor no fim de semana, no Teatro da Caixa. Ingressos começam a ser vendidos amanhã

Mônica Salmaso e Alma Lírica Brasileira reviraram o baú de Vinicius em busca de parcerias menos lembradas | Miriam Villas-Boas/Divulgação
Mônica Salmaso e Alma Lírica Brasileira reviraram o baú de Vinicius em busca de parcerias menos lembradas (Foto: Miriam Villas-Boas/Divulgação)

Convidada para fazer uma homenagem ao centenário de Vinicius de Moraes (1913- 1980), no ano passado, Mônica Salmaso se viu diante de um desafio: seu show não poderia ter os famosos Afro-Sambas, parceria do poeta com Baden Powell que a cantora regravou em 1995, pois o violonista havia sido homenageado recentemente pelo mesmo Sesc MG que a convidou. E o mesmo valia para Tom Jobim.

Ao ter de contornar este paredão de ícones da obra de Vinicius, no entanto, a cantora cruzou com achados. "Isso me obrigou a ir atrás de outras coisas. E é engraçado: Vinicius é um compositor que fez parte da minha infância, e talvez de todo mundo. Mas ele morava em parcerias que nem sabia que eram dele", conta Mônica, em entrevista por telefone para a Gazeta do Povo, referindo-se a canções como "Odeon" – clássico de Ernesto Nazareth que ganhou letra do poetinha na década de 60.

O resultado é um tributo singular, que excede as comemorações do centenário e chega a Curitiba neste fim de semana, no Teatro da Caixa. Os ingressos começam a ser vendidos amanhã, ao meio-dia.

Além da parceria póstuma com Nazareth, o show percorre canções feitas pelo poetinha com Carlos Lyra, Chico Buarque, Francis Hime, Paulo Soledade e Ary Barroso, além da infantil "A Casa", a única que assina sozinho (confira o repertório no quadro ao lado). Revirado o baú de parcerias menos lembradas, Tom Jobim acabou integrando a seleção com alguns dos maiores clássicos da dupla, como "Insensatez".

"Esses convites são deliciosos por isso, porque te tiram do lugar confortável em que está, e te fazem procurar coisas, que é o que mais gosto de fazer na vida", diz Mônica.

Presente

O espetáculo está envolto pelo universo acústico e camerístico do Alma Lírica Brasileira, projeto de Mônica em parceria com o pianista Nelson Ayres e o flautista Teco Cardoso, ambos do grupo Pau Brasil.

"O Alma Lírica surgiu fácil, no sentido de ser totalmente indolor. A comunicação era muito fácil. Já conhecíamos um ao outro a ponto de sugerir, criticar, pedir substituições", diz a cantora, que é casada com Cardoso. "Já estávamos no meio do caminho do projeto quando apareceu um convite por conta do centenário. Então, decidi fazer um Alma Lírica sabor Vinicius."

Mônica comemora o estágio de amadurecimento a que o trio chegou, superando a rígida autocrítica de seus integrantes. "Chegar neste lugar foi um presente. O Alma Lírica foi um projeto que trouxe uma sensação leve de que é isso o que sabemos fazer, o nosso melhor – sem tensão, cobrança, rigidez. Quando tocamos, estamos, de verdade, oferecendo. É como se você aprendesse a fazer um pão bem gostoso e oferecesse para quem vem para a sua casa", compara.

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