Show
Mônica Salmaso Homenagem a Vinicius de Moraes
Teatro da Caixa (R. Conselheiro Laurindo, 280, Centro), (41) 2118-5111. Dias 6, 7 e 8, às 20 horas, e dia 9, às 19 horas. R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). À venda a partir de amanhã, ao meio-dia, na bilheteria do teatro. Classificação indicativa: livre. Sujeito à lotação.
Set List
Confira o repertório do show:
"Chora Coração"(Vinicius de Moraes e Tom Jobim)
"A Casa" (Vinicius de Moraes)
"Estrada Branca" (Vinicius de Moraes e Tom Jobim)
"Rancho das Namoradas" (Vinicius de Moraes e Ary Barroso)
"Maria Moita" (Vinicius de Moraes e Carlos Lyra)
"Insensatez" (Vinicius de Moraes e Tom Jobim)
"Olha, Maria" (Vinicius de Moraes, Tom Jobim e Chico Buarque)
"Modinha" (Vinicius de Moraes e Tom Jobim)
"São Francisco" (Vinicius de Moraes)
"Sabe Você" (Vinicius de Moraes e Carlos Lyra)
"Comedor de Gilete" (Vinicius de Moraes e Carlos Lyra)
"Sem Mais Adeus" (Vinicius de Moraes e Francis Hime)
"Odeon" (Vinicius de Moraes e Ernesto Nazaré)
"Derradeira Primavera" (Vinicius de Moraes e Tom Jobim)
"Coisa Mais Linda" (Vinicius de Moraes e Carlos Lyra)
"Frevo de Orfeu" (Vinicius de Moraes e Tom Jobim)
"Valsinha" (Vinicius de Moraes e Chico Buarque)
Convidada para fazer uma homenagem ao centenário de Vinicius de Moraes (1913- 1980), no ano passado, Mônica Salmaso se viu diante de um desafio: seu show não poderia ter os famosos Afro-Sambas, parceria do poeta com Baden Powell que a cantora regravou em 1995, pois o violonista havia sido homenageado recentemente pelo mesmo Sesc MG que a convidou. E o mesmo valia para Tom Jobim.
Ao ter de contornar este paredão de ícones da obra de Vinicius, no entanto, a cantora cruzou com achados. "Isso me obrigou a ir atrás de outras coisas. E é engraçado: Vinicius é um compositor que fez parte da minha infância, e talvez de todo mundo. Mas ele morava em parcerias que nem sabia que eram dele", conta Mônica, em entrevista por telefone para a Gazeta do Povo, referindo-se a canções como "Odeon" clássico de Ernesto Nazareth que ganhou letra do poetinha na década de 60.
O resultado é um tributo singular, que excede as comemorações do centenário e chega a Curitiba neste fim de semana, no Teatro da Caixa. Os ingressos começam a ser vendidos amanhã, ao meio-dia.
Além da parceria póstuma com Nazareth, o show percorre canções feitas pelo poetinha com Carlos Lyra, Chico Buarque, Francis Hime, Paulo Soledade e Ary Barroso, além da infantil "A Casa", a única que assina sozinho (confira o repertório no quadro ao lado). Revirado o baú de parcerias menos lembradas, Tom Jobim acabou integrando a seleção com alguns dos maiores clássicos da dupla, como "Insensatez".
"Esses convites são deliciosos por isso, porque te tiram do lugar confortável em que está, e te fazem procurar coisas, que é o que mais gosto de fazer na vida", diz Mônica.
Presente
O espetáculo está envolto pelo universo acústico e camerístico do Alma Lírica Brasileira, projeto de Mônica em parceria com o pianista Nelson Ayres e o flautista Teco Cardoso, ambos do grupo Pau Brasil.
"O Alma Lírica surgiu fácil, no sentido de ser totalmente indolor. A comunicação era muito fácil. Já conhecíamos um ao outro a ponto de sugerir, criticar, pedir substituições", diz a cantora, que é casada com Cardoso. "Já estávamos no meio do caminho do projeto quando apareceu um convite por conta do centenário. Então, decidi fazer um Alma Lírica sabor Vinicius."
Mônica comemora o estágio de amadurecimento a que o trio chegou, superando a rígida autocrítica de seus integrantes. "Chegar neste lugar foi um presente. O Alma Lírica foi um projeto que trouxe uma sensação leve de que é isso o que sabemos fazer, o nosso melhor sem tensão, cobrança, rigidez. Quando tocamos, estamos, de verdade, oferecendo. É como se você aprendesse a fazer um pão bem gostoso e oferecesse para quem vem para a sua casa", compara.