Mesmo com o tempo fechado na manhã deste domingo (4), os curitibanos fizeram fila no Museu Oscar Niemeyer (MON) no segundo dia da Bienal de Curitiba.
Dê uma espiadinha na Bienal
Confira algumas das obras que vão movimentar mais de cem espaços culturais de Curitiba até dezembro:
Leia a matéria completaVisitantes do programa Domingo + Arte, que promove oficinas e oferece entrada franca no museu das 10h às 13h, aproveitaram para conhecer algumas das principais obras da mostra, que tem a luz como tema e segue até o 6 de dezembro em mais de cem espaços culturais da cidade (a programação completa pode ser consultada no site do evento).
Experiências
O curador Teixeira Coelho reuniu artistas que usam a luz como “suporte, matéria, forma e conteúdo”, o que na maioria dos casos expostos no MON se traduz em obras que geram experiências às quais os visitantes não estão acostumados – e que deslumbram, sobretudo as muitas crianças que passaram por lá.
É o caso da instalação “In.visible”, da Jeongmoon Choi, que consiste em fios fluorescentes que criam desenhos no espaço – e que alguns visitantes não resistem em tocar (embora não seja permitido). Foi a que mais chamou atenção de Fernando Melo Ogima, de 9 anos. “É a mais legal, porque é brilhante”, disse . Também foi a preferida de Emily Costa, de 9 anos. “Entramos nela e a minha blusa começou a brilhar”, conta.
Emily também se lembrou do grupo escultórico “Fantasmas”, do sueco Lars Nilsson, pelo realismo. “Se você olhar nos olhos da estátua, parece que ela está viva mesmo”, descreveu, mostrando dezenas de fotos que fez com o celular. Ela também destacou a instalação “Lumière en Vibration”, de Julio Le Parc – o artista homenageado desta bienal. A instalação permite que os visitantes percorram seu interior, o que deixou as crianças em polvorosa no Olho do MON. “Tinha uns panos pendurados, um espelho, e parece que você se perde lá dentro”, contou Emily.
Para a psicóloga Mariana Espinola, a interação com as obras é o que mais marca a visitação. “É bem mais legal ir a um lugar onde você pode interagir mais do que onde só há duas dimensões, em que, às vezes, não está bem explicado o que aquilo significa”, opina.
Para a bióloga Neusa Antunes, obras como a de Le Parc, levam o observador para outra dimensão. “A sensação não é só visual. Ela te faz se sentir de uma maneira diferente. Além de ver, vivenciar. É uma experiência muito interessante”, disse.
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