Volcano vai para a segunda dose

A Sociedade 13 de Maio sedia nesta sexta-feira mais um minifestival da recém-criada produtora curitibana Volcano. Dessa vez, as atrações são a banda Inky e o duo Mescalines, de São Paulo, além do Lendário Chucrobillyman e da discotecagem de Lucas Nonose e Matheus Reinert (Disco Veneno), da capital paranaense.

A ideia da festa, que teve sua primeira edição realizada no mesmo local em novembro, é oferecer um palco, em Curitiba, para o intercâmbio de artistas que acontece na cena independente Brasil afora – cena de que o Audac, grupo ao qual a produtora está ligada, vem participando.

Não é à toa que a festa está trazendo a banda Inky, que se apresentou pela primeira vez em Curitiba em 2012 justamente ao lado do Audac em um festival no Espaço Cult. "Já tocamos juntos em vários outros lugares", conta Luiza Pereira, vocalista e responsável pelos sintetizadores que marcam a sonoridade de Inky, cuja formação também conta com Guilherme Silva (baixo), Stephan Feitsman (guitarra) e Victor Bustani (bateria). "Temos proximidade com várias outras bandas, como o Aldo (SP) e o Far From Alaska (RN). É tudo parte de uma grande cena em que todo mundo quer cada vez mais se ajudar", conta.

A banda, que tem uma curiosa trajetória que inclui uma estreia nos palcos já como atração de abertura de um show do LCD Soundsystem em São Paulo em 2010, volta a Curitiba pela primeira vez desde que lançou seu disco de estreia, Primal Swag, que saiu em abril. O álbum, que consolidou esta segunda formação do grupo (juntos desde 2012), vai ser tocado na íntegra. "Dentro dele tem trip hop, música eletrônica, rock psicodélico, uma grande mistura das nossa influências", explica Luiza, ressaltando que o grupo gravou as faixas "ao vivo" em estúdio para soar o mais fiel possível à energia dos palcos. "Todo mundo fala que acha que o show é mais barulhento do que se esperava, mais que o CD", brinca.

Rock primitivo

As outras duas atrações da noite apostam em uma sonoridade mais crua e ligada ao blues. O Mescalines Duo faz isso a partir da formação espartana da guitarra e harmônica de Jack Rubens e da bateria de Mariô Onofre.

Uma pegada parecida é a do Lendário Chucrobillyman, a monobanda de Klaus Koti, que transita entre blues e rock primitivo por sua viola caipira eletrificada. Já a discotecagem do Disco Veneno leva a festa para outro caminho, resgatando pérolas do funk e soul brasileiro em vinil.