Destaques
Confira a programação de hoje do festival:
Espaço Itaú 1
14h The Bird, de Yves Caumon. França, 2011, 90 min., ficção.
16h The Lifeguard, de Maite Alberdi. Chile, 2011, 70 min., documentário.
17h30 The Sleeping Girl, de Rainer Kirberg. Alemanha, 2011, 105 min., ficção/experimental.
19h45 HU, de Pedro Urano e Joana Traub Csekö. Brasil, 2011, 78 min., documentário.
21h45 Vulcão, de Rúnar Rúnarsson. Islândia, 2011, 95 min., ficção.
Espaço Itaú 2
14h15 Viagem a Portugal, de Sérgio Tréfaut. Portugal, 2011, 75 min., ficção.
16h Olhe para Mim de Novo, de Kiko Goiffman e Cláudia Priscila. Brasil, 2011, 77 min., documentário.
18h Mirada Paranaense Curtas Entre Lá e Cá 18 min. In 10 min.O Descarte 17 min.Ovos de Dinossauros na Sala de Estar 12 min.Se Você Deixar o Coração Bater sem Medo 7 min.
20h15 Janela Internacional Curtas Programa 1Cross-country 15 min.Tomorrow, Algiers? 20 min.July, 1st Unhappy Birthday 25 min.Could See a Puma 17 min.
22h The Education, de Dirk Lütter. Alemanha, 2011, 85 min., ficção.
Cinemateca
14h Gangster Project, de Teboho Edkins. Alemanha/África do Sul, 2011, 54 min., documentário.
15h15 Siberia, de Joana Preiss. França, 2011, 81 min., documentário.
17h Twiggy, de Emmanuelle Millet. França, 2011, 85 min., ficção.
18h45 Gesto, de António Correia. Portugal, 2011, 80 min., documentário.
20h30 A Morte de um Bookmaker Chinês, de John Cassavetes. EUA, 1976, 108 min., ficção.
Sesc Paço da Liberdade
Das 13h30 às 15h30 Seminário "O Filme e Seu Público".
É enganador o título do longa-metragem islandês Vulcão, destaque de hoje na mostra competitiva Janela Internacional do Olhar de Cinema Festival Internacional de Curitiba. A sequência de abertura, acompanhada pelos créditos iniciais, mostra imagens de uma das muitas erupções que ocorrem no país, e das medidas de evacuação da população nas regiões próximas. Mas o filme se apropria dessa ideia como metáfora, e não em seu sentido literal. É, na verdade, um devastador drama familiar.
A trama, conduzida com maestria pelo diretor Rúnar Rúnarsson, estabelece um paralelo entre os vulcões, explosivos e muitas vezes imprevisíveis, e seu protagonista, Hannes, vivido pelo excepcional Theodór Júlíusson. Pescador aposentado, ele trabalha como uma espécie de zelador em uma escola, mas não consegue lidar com o fato de não poder mais trabalhar em alto-mar. Torna-se amargurado, agressivo.
Dono de um temperamento difícil, irascível mesmo, ele aos poucos se afasta dos filhos, ambos casados, que se recusam a expor suas respectivas famílias aos surtos temperamentais do velho pescador. Até mesmo com sua devotada esposa, Anna (Margrét Helga Jóhannsdóttir), ele vem enfrentando sérios desentendimentos, provocados pelos motivos mais prosaicos, como o cardápio do jantar, ou o fato de insistir em fumar dentro de casa.
É apenas quando Anna, que tenta de todas as formas reaproximar Hannes dos filhos e dos netos, tem um acidente vascular cerebral gravíssimo, que a deixa paralisada e totalmente dependente dos cuidados de terceiros, que ele se dá conta da forma autodestrutiva com que vem conduzindo a própria existência.
Dirigido com contenção, Vulcão não é um filme fácil de ser encarado. Não que seja hermético, muito pelo contrário. É o estilo direto, realista e sem firulas estilísticas que o torna tão poderoso.
Sem apelar para o melodrama, recorrendo, por exemplo, a uma trilha sonora que reforce o sofrimento dos personagens, Rúnarsson consegue mostrar toda a complexidade de Hannes, fácil de ser desgostado, até o ponto em que sua dor e seu sofrimento se tornam palpáveis para o espectador, que não sabe se sofre mais por ele ou pela pobre Anna, que jaz inerte durante quase metade do filme, a nos lembrar de nossa fragilidade biológica e da inevitável finitude da vida.
Vencedor no ano passado do prêmio de melhor ator na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Theodór Júlíusson tem uma atuação impressionante, antológica. E Vulcão foi o grande vencedor do Edda (o Oscar da Islândia) neste ano, ganhando nas categorias de filme, diretor, roteiro, ator e atriz. Reconhecimento mais do que justo para um drama poderoso que tem grandes chances de ser reconhecido tão longe de casa, aqui em Curitiba GGGG1/2
RPC TV distribui prêmios e promove debate
A RPC TV, integrante do grupo GRPCom, vai distribuir amanhã, às 20 horas, no Teatro Regina Vogue, os prêmios aos melhores do ano, escolhidos entre os curtas-metragens participantes do quadro "Casos e Causos", exibido todos os domingos no programa Revista RPC.
Inserida dentro da programação do Olhar de Cinema Festival Internacional de Curitiba, a cerimônia também vai contar com um debate sobre o momento atual do setor audiovisual, que contará com a participação de Alberto Flaksman, superintendente de acompanhamento de mercado da Agência Nacional de Cinema (Ancine), do produtor e diretor Flávio Tamblellini e de Adriana Dias, sócia-diretora da Art A2 Consultoria Ltda., que, junto com a RPC TV e à Universidade Positivo, vai promover em junho, em Curitiba, o curso de extensão de Formação Executiva em Cinema. Mais informações sobre o programa, que terá 15 meses de duração, no site www.up.com.br/extensao/secao/117/conteudo/1378/extensao.up.com.br/conteudo/4518/formacao-executiva-em-cinema-e-tv.aspx
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