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Cena do filme "Watchmen" | Divulgação
Cena do filme "Watchmen"| Foto: Divulgação

Trailer

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Um dos filmes mais aguardados do ano, a adaptação cinematográfica da HQ "Watchmen" teve na segunda-feira à noite, em Londres, sua premiere mundial, e as primeiras análises convergiram apenas numa opinião: o longa é classudo, mas não chega a ser um clássico.

A expectativa em torno do filme é imensa, depois de idas e vindas no roteiro, alterações no orçamento (que chegou, finalmente, a exorbitantes US$ 120 milhões) e uma disputa jurídica entre os estúdios Fox e Warner. Baseado na cultuada série de quadrinhos escrita por Alan Moore e desenhada por Dave Gibbons em 1986, os críticos que assistiram à sessão acreditam, em sua maioria, que a produção não decepcionará os fãs ardorosos de "Watchmen". E não só eles. "Aqueles que forem assisti-lo sem expectativa ou conhecimento sobre a importância histórica da HQ poderão ter uma boa surpresa", escreveu Mike Ragiogna no site do jornal The Huffington Post.

Robbie Collin, do tabloide "News of the world", discordou. "Este pretensioso épico da cultura pop de duas horas e meia não chega a ser o pior filme de super-herói já feito... mas é um dos mais decepcionantes", opinou.

"Watchmen" foi a segunda incursão seguida do diretor Zack Snyder no universo dos quadrinhos: em 2007, ele dirigiu "300", inspirado na obra de Frank Miller. Dessa vez, porém, o autor da história original divergiu da condução de sua adaptação para as telas e afastou-se do projeto. Na pré-estreia londrina, Snyder foi questionado sobre se Alan Moore teria gostado de seu filme. "Alan disse, e todos sabem, que não quer nada com isso (o filme), e eu respeito sua posição", esquivou-se.

A história se passa em 1985, tendo como pano de fundo a Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética. Quando um de seus antigos colegas é encontrado morto, o vigilante mascarado Rorschach se empenha em desmascarar um plano para matar e desacreditar todos os super-heróis. A versão de Snyder acompanha a HQ nas cenas de sexo e violência, que lhe renderam nos Estados Unidos a classificação "R" (proibido para menores de 17 anos), o que pode atrapalhar seu desempenho nas bilheterias.

O filme teve ainda sua estreia ameaçada por conta de uma briga jurídica entre os estúdios Warner Bros., que produziu o filme, e a News Corp's Twentieth Century Fox, que detinha os direitos da HQ desde 1986. No dia 15 de janeiro, porém, as empresas fizeram um acordo confidencial, o que garantiu a estreia mundial do filme para 6 de março. A Fox, agora, também terá direito a uma porcentagem sobre os lucros do filme.

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