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Este é o momento de Will Butler, do supergrupo Arcade Fire. | Divulgação
Este é o momento de Will Butler, do supergrupo Arcade Fire.| Foto: Divulgação

A expectativa era por um disco-homenagem à tradição da música norte-americana, com inspiração tanto em The Magnetic Fields quanto em Ghostface Killah. Mas o multi-instrumentista Will Butler, irmão mais novo de Win, líder da banda canadense Arcade Fire, fez de seu primeiro álbum solo (disponível no Spotify) um parque de diversões de oito músicas e pouco mais de meia hora. A sensação é de que Will parece estar livre da aura messiânica que envolve o supergrupo do qual faz parte. Como uma criança que encontra brinquedos infinitos, Butler gravou todos os instrumentos na sessão de uma semana na antiga sala de estar de Jimi Hendrix (hoje, o estúdio Electric Lady), em Nova York. E se divertiu à beça. Policy é ótimo. Soa fresco e dele emana uma alegria simples. A divertida “Take My Side”, faixa de abertura, conversa numa boa com a tristonha balada “Sing to Me”, que sugere um John Lennon da última fase. “Anna” relembra o groove setentista de clubes americanos, enquanto “Finish What I Started”, com letra de rasgar o coração, até que poderia estar em Funeral, primeiro álbum do Arcade Fire, embora a essência seja menos grandiloquente. Se for para escolher uma música, ouça “What I Want”, um rock que resgata bandas dos anos 2000. Este é o momento de Will. Enquanto seu o lder brother aparece ao lado de Miley Cyrus no programa Saturday Night Live, o caçula diverte-se gravando músicas efêmeras. Mas que são boas demais.

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