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O estudo mostra que o mais famoso dos dinossauros tinha dificuldade nas curvas | Reprodução/G1
O estudo mostra que o mais famoso dos dinossauros tinha dificuldade nas curvas| Foto: Reprodução/G1

As reviravoltas matrimoniais

Teófilo e Maria José são um jovem casal que vê sua relação ser tomada pela rotina. Ela perdeu o romantismo inicial e ele está enjoado de seu dia-a-dia. O lado cômico do cotidiano e as peculiaridades dos relacionamentos são retratados em A Vida após o Casamento, que estréia amanhã no Teatro Barracão EnCena e fica em cartaz até dia 15 de julho.

A peça é a primeira montagem da companhia sob o nome de Tok de Arte, apesar dos atores já terem trabalhado juntos em outros espetáculos. "A idéia é trazer novos trabalhos para a cena local", explica Claudia Cozzela, atriz e produtora da peça.

Claudia interpreta Angélica, uma amiga de Maria José que chega do interior para bagunçar a vida do casal. Com seu ar ingênuo, provoca reviravoltas nos relacionamentos dos outros membros da casa, especialmente em Teófilo.

A peça foi escrita e dirigida por Diego Gianni, um jovem escritor de 24 anos que já acumula no currículo algo em torno de 50 peças montadas. "Nós queríamos uma peça que retratasse situações do cotidiano de forma leve e engraçada, com as quais os espectadores se identificassem. Assim nasceu A Vida após o Casamento", explica Cláudia.

Luiz Alvarez

Serviço: A Vida após o Casamento. Com Claudia Cozzela, Josiane Larger, Rodrigo Rocha e Thalles Fontana. Texto e direção de Diego Gianni. De 9 de junho a 15 de julho. Sábados e domingos, às 18h30. Teatro Barracão EnCena (Rua 13 de Maio, 160). Ingressos a R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia-entrada).

Cem anos, ou mais, não são suficientes para mudar certas características intrínsecas ao ser humano e à sociedade. A violência, o automatismo e até mesmo os distúrbios psicológicos gerados por um ambiente hostil continuam sendo atuais. A maior prova da contemporaneidade destes aspectos são as obras escritas nos séculos 18 e 19, que até hoje rendem leituras e interpretações teatrais.

A peça Woyzeck é um exemplo. Escrita em 1836, pelo alemão Georg Büchner, a obra conta a história do perturbado protagonista que dá nome à peça. O texto foi escolhido pela Companhia Obragem de Teatro para uma montagem que estréia hoje, às 21 horas, no Teatro Novelas Curitibanas.

Baseada em uma história real, a peça narra a vida de Woyzeck, um soldado alemão atormentado pelo descaso de seu patrão e pelas traições de sua mulher. Após um período de perturbação, em que ouve vozes e não sabe como resolver seus problemas, acaba matando sua mulher a punhaladas.

Esta é a primeira vez que o grupo trabalha com um texto pré-definido. Suas montagens anteriores tinham sido geradas a partir de improvisações e textos escritos durante os ensaios pela diretora Olga Nenevê. "Escolhemos esta obra porque ela tem relação com a linguagem do grupo, uma linguagem fragmentada, não-linear", comenta Olga. Woyzeck é uma composição de cenas independentes, mas que só fazem sentido se estiverem juntas, formando um contexto geral da história do soldado.

Com a montagem, contemplada pelo prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, a companhia pretende perturbar o público e gerar reflexões por meio de uma linguagem própria. Em cena, apenas os atores e a iluminação, movimentando-se até mesmo nas paredes. "Utilizamos a inversão como metáfora para um outro jeito de encarar a realidade, mostrando que os dias atuais continuam com equilíbrio precário", explica Olga.

Serviço: Woyzeck. Teatro Novelas Curitibanas (Rua Carlos Cavalcanti, 1222), (41) 3321-3358. De quinta a sábado, às 21 horas, e domingos, às 19 horas. Ingresso: 1 lata de leite em pó.

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