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Um Papa sorridente surpreendeu e agradou os fiéis brasileiros. | Rodolfo BUuhrer/Gazeta do Povo
Um Papa sorridente surpreendeu e agradou os fiéis brasileiros.| Foto: Rodolfo BUuhrer/Gazeta do Povo

Listas com os atores e atrizes que melhor engordam os cofres dos grandes estúdios americanos são uma tradição em Hollywood. Todo ano, tem uma. E a cada novo ranking, um cachê, seja de um veterano ou de um novato, ganha um zero a mais. De cinco anos para cá, Will Smith tem sido figura freqüente nessas listas. Adam Sandler e Reese Witherspoon também. Sem contar Jack Nicholson, cujo trono no reinado dos astros de maior público é cativo. Mas e no cinema brasileiro? Seria possível estabelecer uma power list (jargão hollywoodiano para o pódio dos intérpretes mais bem-sucedidos) que apontasse que estrelas nacionais arrastam público às salas exibidoras? Sim, é. E, pelas leis da aritmética, dá Xuxa na cabeça.Com uma ajudinha dos bancos de dados da Filme B, a empresa que vistoria o mercado cinematográfico no Brasil, e da Agência Nacional do Cinema (Ancine), o GLOBO se arriscou a fazer uma, abrangendo apenas a produção lançada de "Carlota Joaquina" (1995), o marco zero da Retomada, até hoje. O critério: foram considerados apenas profissionais que protagonizaram longas-metragens, abrindo exceções apenas para atores que, mesmo sem terem sido titulares, despontaram para o sucesso na última década, figurando em numerosas produções. Somando-se os oito longas-metragens que estrelou nesse período, desde "Xuxa requebra" (1999), a auto-proclamada "rainha dos baixinhos" vendeu 14.565.547 ingressos.

- O nicho de mercado dela é a família. E nesse nicho, Xuxa é sucesso - diz Diler Trindade, produtor de todos os filmes de Xuxa de 1990 para cá.

Xuxa só perde a dianteira na lista das maiores médias de público, onde o total de espectadores associados aos filmes do currículo de um ator ou atriz é dividido pelo número de projetos por eles estrelados. Aí, a coroa passa para Débora Falabella. Sua beleza à mineira esteve a serviço de fenômenos populares como "Lisbela e o prisioneiro", "Cazuza" (nele, ela só fez uma pontinha, mas conta) e "A dona da história". Adicionando-se a eles uma produção pequena, "2 perdidos numa noite suja", os números de bilheteria da atriz ultrapassam 7,5 milhões. Na divisão, dá 1.881.840 ingressos vendidos por filme.- Eu não sei se pesou nisso o fato de eu ter participado de algumas novelas. Eu já estive em cartaz em peça que não tinha público no momento em que estava no ar em uma novela das oito. E estar na TV também não levou público para "2 perdidos...", ainda que ele tivesse sido elogiado pela crítica. Tem gente que nem sabe que eu estou nesse filme - diz Débora, que volta às telas este ano, no dia 3 de agosto, com outro candidato a blockbuster: "O primo Basílio", adaptação do romance de Eça de Queirós, dirigida pelo pé-quente Daniel Filho.

A power list da Retomada causa algumas estranhezas a quem estuda o mercado. Ao elencar as estrelas cinematográficas atuais, ninguém cita Luigi Baricelli. Mas sua média é das mais altas, pois "Xuxa popstar" e "Maria - A mãe do filho de Deus", juntos, foram vistos por 4.727.199 espectadores.

- Cadê Caco Ciocler, Lázaro Ramos, Antonio Fagundes? - pergunta Paulo Sérgio Almeida, da Filme B. - E o Rodrigo Santoro, que hoje é o top dos tops?

Mesmo sendo um dos atores mais prolíficos do país, o paraibano José Dumont tomou um susto ao saber que seu nome é o segundo da lista, logo abaixo de Xuxa, espaço onde esperaria encontrar Renato Aragão. Historicamente, é até covardia analisar o prestígio comercial do Trapalhão em relação aos demais atores.

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