Outro lobo em pele de cordeiro é a vilã de Letícia Sabatella, de Caminho das Índias, que chegou ao horário nobre para substituir a vilã de Patrícia Pillar, a Flora de A Favorita.
Pelo menos no quesito cinismo, Yvone é a nova malvada das 21h que parece ter feito um curso intensivo com a antiga mulher do mal. A comparação é real. A psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, que ministrou palestras para o elenco de Caminho a pedido de Glória Perez, aponta que o principal traço em comum das megeras é a psicopatia.
Sim, Yvone e Flora são psicopatas, por isso, "deixam um rastro de destruição por onde passam", segundo a especialista. "Elas ainda têm um agravante, que é a beleza. Tanto no caso da personagem Flora quanto no da Yvone, o fato de serem bonitas ajuda a afastar a ideia de maldade."
Ah, a aparência também deu uma forcinha a Yvone para conquistar o marido da até então melhor amiga dos tempos de colégio, Sílvia (Déborah Bloch). Raul (Alexandre Borges) não apenas vai continuar a trair a mulher como largará tudo por causa da amante.
Até que Raul caia na real, a personagem de Letícia Sabatella terá aprontado muito. O pior é que Sílvia vai continuar a ser enganada. Mas é verossímil pensar, na vida real, em alguém que fosse tanto tempo ludibriado por uma amiga? "Claro que sim", diz Ana Beatriz.
Para a psiquiatra, Yvones estão à solta, sempre se aproximando de pessoas bondosas, que ouvem suas histórias tristes e acreditam na amizade da vilã. "São pessoas que usam do seu sentimento de piedade e têm atitudes repetitivas", explica a psiquiatra.
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