A organização do Prêmio TIM de Música acaba de informar que o sambista carioca Zé Ketti, autor de clássicos como "Máscara negra", "A voz do morro" e "Opinião", será o grande homenageado da quinta edição do prêmio, que acontece no dia 16 de maio no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A premiação, idealizada e coordenada por José Maurício Machline, foi dedicada, nos anos anteriores, a Ary Barroso (2003), Lulu Santos (2004), Baden Powell (2005) e Jair Rodrigues (2006), sempre alternando a celebração de artistas vivos com homenagens póstumas.
Para José Maurício Machline, "o Prêmio TIM tem uma preocupação não só em reverenciar grandes nomes que deram sua contribuição à música brasileira como também resgatar personagens que não recebem o reconhecimento à altura de sua importância. Zé Ketti é uma figura fundamental por ter trazido o samba do morro para o asfalto".
José Flores de Jesus nasceu no Rio de Janeiro em 6 de outubro de 1921. O pseudônimo Zé Ketti veio do apelido de infância, Zé Quieto ou Zé Quietinho. O primeiro contato com a "música dos morros" foi na escola de samba Estação Primeira de Mangueira, aos 13 anos, mas foi o azul-e-branco da Portela que conquistou Zé Ketti, onde compôs obras como "Velha Guarda da Portela" e o samba de terreiro "Leviana". Teve sua primeira composição gravada, "Tio Sam no samba" (com Felisberto Martins), pelos Vocalistas Tropicais, em 1946. Um de seus maiores sucessos foi "A voz do morro", interpretada com sucesso por Jorge Goulart, em 1955, e incluída no filme "Rio, 40 graus", de Nelson Pereira dos Santos, juntamente com "Leviana".
Em 1964, ao lado de Nara Leão e João do Vale, encenou o histórico show "Opinião", em que lançou alguns sambas de sucesso, como a música-título, "Acender as velas" e "Diz que fui por aí" (parceria com Hortêncio Rocha). Foi um dos idealizadores do ZiCartola, ponto de encontro de artistas e intelectuais nos anos 60, onde resgatou sambistas como Cartola e Nelson Cavaquinho e lançou a carreira de Paulinho da Viola e Élton Medeiros. Zé Ketti compôs ainda clássicos como "Máscara negra" (com Hidelbrando Pereira Matos) e Malvadeza Durão, entre outros. Ele morreu aos 78 anos, em 1999, de falência múltipla dos órgãos, deixando um legado de mais de 300 composições.
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