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O escritor Monteiro Lobato (1882 – 1948) nasceu em um 18 de abril. Por ter criado alguns dos personagens mais importantes na literatura infanto-juvenil brasileira – a maioria habitante do Sítio do Pica-Pau Amarelo –, nada mais certo do que estabelecer a data como o Dia Nacional do Livro Infantil.

Para comemorar, as Livrarias Curitiba trazem à cidade aquele que pode ser considerado "o Monteiro Lobato de sua geração em termos de vendagem de livros:" Ziraldo, o pai do Menino Maluquinho. O bate-papo com o escritor e desenhista (na praça de alimentação do Shopping Curitiba), mais a sessão de autógrafos (na Livrarias Curitiba do mesmo shopping) são embalados pelo lançamento de três livros, dois infantis e um adulto. O Menino da Lua e Novas Anedotinhas do Bichinho da Maçã tem como público-alvo os leitores-mirins. Já O Aspite reúne crônicas semanais publicadas por Ziraldo Alves Pinto – aí com nome e sobrenome – nos jornais O Estado de Minas e O Tempo. As obras saem pela Melhoramentos, que há 25 anos edita os livros do mineiro.

Ziraldo é nacionalmente conhecido pela atenção que dedica aos seus leitores, maiores ou menores de idade. No evento de hoje à noite, a sessão de autógrafos dura duas horas (das 20 às 22 horas), mas ele promete atender todos que estiverem esperando, sem importar o horário.

O Menino da Lua (48 págs. ilustradas, R$ 29,90) parece um "Menino Maluquinho nas estrelas", em que o desenhista retrata um grupo de crianças que vive no espaço e brinca de tudo o que se brinca na Terra. Novas Anedotinhas do Bichinho da Maçã (48 págs., R$ 14,50), como o nome sugere, apresenta histórias inéditas contadas pelo personagem-título.

Palpiteiro

Primeira obra adulta que lança em um quarto de século, O Aspite – Há um Jeito pra Tudo (256 págs., R$ 19,90) põe em prática a função criada por Ziraldo – a do "assessor de palpite", algo próximo ao palpiteiro. Na condição de figura pública, a idéia do autor é apontar, como sugere o subtítulo, uma solução para todo e qualquer problema, seja no mundo ou no Brasil.

Ao falar de infância em uma das crônicas – comparando a simplicidade da sua com as descobertas que marcam as vivências mais recentes –, Ziraldo escreve "Não vou dizer que éramos felizes sem saber, não vou dizer que nunca mais seremos tão felizes e nem que bons tempos, mesmo, eram aqueles!".

Uma infância feliz, para ele, independe de épocas. "Porque sempre haverá a possibilidade de que nossos netos possam ter a mesma sensação de felicidade plena que a infância bem vivida – sob quaisquer circunstâncias que não incluam humilhação e miséria – sempre ofereceu aos seres humanos. Se não, seria melhor desistir da vida."

Com certeza, Ziraldo, nos mais de cem livros que escreveu e desenhou para crianças, é parte dessa "sensação de felicidade plena" da qual fala. Ainda que o seja sem querer, pois começou a escrever títulos infantis por acaso.

Serviço: Projeto Palco Curitiba: bate-papo seguido de sessão de autógrafos com Ziraldo, que lança três livros na ocasião. Praça de alimentação e Livrarias Curitiba do Shopping Curitiba (Pça. Oswaldo Cruz, 2.698), (41) 3330-5000. Hoje às 19h. Entrada gratuita.

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