Ouvi, há algum tempo, uma história de um executivo que por um período de dois meses, enquanto se dedicava a um projeto, saía sempre de casa antes de seu filho acordar e geralmente voltava quando o pequeno já estava dormindo. Claro que esta não é uma situação ideal, mas é necessária por um determinado período de tempo.
À noite, antes de dormir, o executivo ia até o quarto do filho e lhe dava um beijo, além de ficar por alguns minutos olhando para ele enquanto ele dormia. Quando o menino acordava pela manhã, percebia que havia um nó na ponta de seu travesseiro, Aquele código significava que o seu pai tinha estado com ele durante a noite. Assim, ele saía todos os dias a caminho da escola com a certeza de que seu pai estava, de alguma forma, presente.
Muitos pais costumam chegar em casa ainda no final da tarde, ao fim de um expediente convencional. Convivem com a família no mesmo espaço físico, mas deixam mente e coração em outro lugar, bem distante.
Essa mesma lição, da necessidade de se estar presente mesmo que não fisicamente, também se aplica à gestão de empresas. Na era da informação e da tecnologia, será cada vez mais comum os escritórios convencionais serem substituídos por escritórios virtuais ou home offices.
No meu caso, o período em que minha empresa mais cresceu foi quando passei a morar fora do país para trabalhar em sua expansão internacional, deixando a cargo de meus executivos no Brasil a responsabilidade de tocarem o dia a dia da companhia, ainda que sob a minha supervisão. Por meio de videoconferências e outros processos que desenvolvemos, não houve qualquer percepção da minha ausência nesse processo.
Estar presente é muito mais do que simplesmente estar perto, da mesma forma que estar geograficamente distante não significa estar ausente.
Até a próxima!