A família cresceu e é preciso mais espaço para acomodar todos com conforto? A pandemia fez refletir sobre o imóvel atual e você procura um imóvel com jardim? Quer ficar menos tempo no trânsito? Essas são as principais motivações para fazer um upgrade do imóvel, ou seja, deixar o imóvel próprio atual e partir para uma casa ou apartamento novo.
São várias opções no mercado imobiliário e escolher a que melhor atende o seu estilo de vida depende de planejamento familiar e financeiro, com a definição de prioridades e itens obrigatórios, localização e valor do investimento.
A Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR) elaborou um checklist com 5 dicas sobre como fazer o upgrade do imóvel e acertar na escolha do novo lar.
- Defina as características do imóvel novo
Defina quais são as prioridades na busca do imóvel novo, o que você precisa e deseja, e em qual bairro. Morar mais perto do trabalho ou da escola dos filhos? Mais quartos? Mais vaga de garagem? Uma cozinha integrada? Área de jardim? Área de lazer para os pequenos? Portaria 24h?
Considere também a urgência da mudança, mobília e idade do imóvel. Você precisa se mudar agora mesmo ou pode esperar? Assim, você poderá definir se prefere um imóvel na planta ou pronto para morar. Avaliar a necessidade de mobília e a idade do imóvel também vai te ajudar a escolher entre um imóvel novo, usado ou antigo. - Determine o preço e pense na forma de pagamento
Ter a clareza sobre a renda familiar disponível é um item importante no processo de upgrade do imóvel. A sua renda já está comprometida com outros financiamentos ou empréstimos? Isso representa quanto por cento da sua renda total? Essas são perguntas importantes para calcular a renda disponível.
Faça uma pesquisa sobre os imóveis à venda na região, com as características que deseja, e verifique se o preço médio das opções disponíveis nesse local é compatível com as suas prioridades iniciais ou se é preciso revê-las.
É importante pensar na forma como será feito esse pagamento: à vista, via financiamento imobiliário ou com carta de crédito contemplada? Você vai usar o imóvel atual ou os recursos do FGST (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) na compra? Qual o valor disponível hoje para dar de entrada? Isso vai ajudar a refletir melhor sobre o tipo de imóvel que melhor cabe no bolso: na planta ou pronto para morar.
Não esqueça de considerar também os custos cartoriais para a compra do novo imóvel (ITBI, escritura e registro de imóvel), que correspondem a cerca de 4% do valor do bem. Pense também na taxa de condomínio. Essa é uma despesa fixa que você terá ao mudar. - Solicite a avaliação do seu imóvel atual
Nem sempre, o preço que você considera ideal para o seu imóvel é o que realmente vale no mercado. Por isso, é importante solicitar uma avaliação ao corretor de imóveis ou imobiliária.
Essa avaliação envolve as características do imóvel (metragem, número de cômodos, idade, estado de conservação, padrão de acabamento e áreas comuns), do terreno e da região onde está localizado (comércio, serviços, condições de deslocamento e acesso ao transporte).
Ainda, são considerados aspectos mercadológicos (como a demanda pelo imóvel) e descontadas as taxas que envolvem a transação (comissão de corretagem, ITBI, melhorias). - Decida sobre a destinação do seu imóvel atual
Você achou o imóvel que deseja. E o que vai fazer com o imóvel que tem hoje: alugar, vender ou permutar? A decisão depende da forma de pagamento, parcela do financiamento e rendimento de aplicação financeira.
Às vezes, o aluguel mensal pode pagar a prestação do financiamento. Se você precisa financiar a maior parte, vale considerar a venda do imóvel atual para aumentar a entrada.
Quanto à permuta, é preciso ver se a empresa aceita o seu imóvel na negociação e se preparar para o valor de avaliação, pois, ele tende a ser menor do que o preço de mercado em função das taxas e custos que envolvem a transação. - Programe o pagamento do novo imóvel
Você encontrou o imóvel ideal, solicitou a avaliação do atual e decidiu a destinação dele, apurou a renda total que dispõe para a compra do novo. O último passo desse planejamento financeiro é definir a composição do pagamento.
A compra de um imóvel na planta compreende duas etapas: poupança e financiamento. A poupança refere-se ao pagamento de 20% a 30% do valor do imóvel durante o período de construção (até 36 meses) e do saldo via financiamento, quando da entrega.
Essa é a tabela padrão que as construtoras e incorporadoras oferecem. Mas se você melhorar essa tabela, ou seja, aumentar o valor para pagamento da poupança, pode negociar preços e condições.
No imóvel pronto, o comprador precisa dispor desta poupança, geralmente para pagamento à vista, já que uma vez contratado o financiamento imobiliário, o bem deve estar quitado.