O mercado imobiliário, que já apresentava um bom desempenho no período pré-pandemia, deve se manter ainda mais aquecido nos próximos meses. A baixa taxa de juros e a oferta de imóveis a preços atrativos são fatores que impulsionam este segmento. Tais aspectos fazem com que o interesse por comprar imóveis cresça, seja para sair do aluguel ou como forma de investimento. O mercado oferece algumas opções para a aquisição de um bem, e para fazer um bom negócio vale conhecer as características de cada modalidade.
Muito popular entre os brasileiros, o financiamento imobiliário é procurado por quem tem perfil imediatista, ou seja, quem tem pressa para comprar uma casa ou apartamento. “Já o consórcio de imóveis é uma opção inteligente de compra planejada, pois proporciona um caminho mais racional e sustável para a conquista do bem”, diz o gerente comercial da Ademilar Consórcio de Imóveis, Handerson Brito.
Para entender melhor a diferença entre as duas modalidades, Handerson exemplifica. “Para um crédito de R$ 600 mil, no consórcio, o saldo devedor na contratação seria de R$ 744 mil em um prazo de 240 meses, com parcelas mensais reduzidas até a contemplação de R$ 2.742. Tudo isso, sem a necessidade de entrada. Já em um financiamento, para o mesmo valor de crédito, a entrada precisaria ser de R$ 120 mil. O valor a ser financiado seria de R$ 480 mil, pagos em 420 meses, com parcelas mensais começando em R$ 4 mil. Levando em conta os juros e encargos iniciais do plano contratado, o saldo devedor inicial passaria de R$ 1,3 milhão”, afirma Brito.
Outro ponto é a necessidade de entrada no financiamento. O interessado necessita ter recursos próprios, entre 10% e 30% do valor do imóvel, como forma de adiantar o pagamento. Segundo o gerente comercial, no consórcio isso não existe: o consorciado paga apenas as parcelas da cota contratada. “Além disso, há a possibilidade de pagamento da parcela reduzida, com o desembolso correspondente a 70% do valor total da prestação até o momento da contemplação. Posteriormente, os valores são recalculados”, informa.
Segurança do consórcio de imóveis
Handerson também destaca a segurança oferecida pelo consórcio imobiliário. Ele explica que a modalidade é fiscalizada pelo Banco Central e conta com lei própria, a 11.795. Outra vantagem do consórcio é o reajuste anual do crédito pelo INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) para que o poder de compra do consorciado seja mantido.
Após a comparação entre financiamento e consórcio, Handerson recomenda que o interessado faça uma análise do prazo total do projeto, ou seja, quanto tempo de sua vida produtiva será destinada à quitação do imóvel. “Deve ser considerado o peso da parcela no orçamento da família e o quanto ela dispõe para investir. É muito importante saber que consórcio e financiamento não são concorrentes, mas caminhos diferentes para a conquista de um mesmo objetivo, porém com uma diferença significativa no custo final”. Tendo em mente o custo integral do projeto e com um bom planejamento financeiro, aumentam as chances de se fazer a melhor escolha.