Ausência de juros e de entrada e planos para os mais diversos perfis de clientes configuram o consórcio imobiliário como uma das opções mais econômicas do mercado para a aquisição de imóveis. Porém, as possibilidades da modalidade vão muito além da compra da casa própria. Com o crédito do consórcio imobiliário também é possível construir, reformar ou incrementar o patrimônio, por meio da aposentadoria imobiliária.
Para quem deseja repaginar o imóvel, mas não dispõe de capital, o consórcio é uma alternativa inteligente. “A reforma agrega valor ao bem, seja ele uma casa, um apartamento ou uma sala comercial”, explica Tatiana Schuchovsky Reichmann, diretora-presidente da Ademilar Consórcio de Investimento Imobiliário, pioneira no setor. O crédito pode ser utilizado tanto para a compra de materiais quanto para o pagamento da mão de obra.
Já quando o objetivo é usar o consórcio para construir, o crédito é liberado em etapas, e o consorciado deve apresentar o cronograma físico-financeiro da obra assinado por um engenheiro. Caso o consorciado não tenha o terreno, também pode utilizar parte do crédito da contemplação para comprá-lo.
Há, ainda, quem enxerga o consórcio de imóveis como uma excelente maneira de ampliar o patrimônio. “Temos muitos clientes investidores. Este é o perfil, por exemplo, de quem usa a carta de crédito para adquirir um imóvel para locação, não para uso próprio”, explica Tatiana. A Ademilar chama este processo de aposentadoria imobiliária. “O cliente compra imóveis por meio do consórcio para que, no futuro, tenha uma renda passiva a partir dos aluguéis”, conta. Com a reforma da Previdência e a baixa rentabilidade oferecida pelos planos de previdência tradicionais, o consórcio de imóveis para este fim passa a ser uma alternativa interessante para uma aposentadoria tranquila.
Outra possibilidade que o consórcio imobiliário oferece é a negociação da carta de crédito. “A taxa de retorno conquistada com o repasse do crédito é superior a outras taxas de retorno praticadas no mercado”, esclarece Tatiana. A rentabilidade acaba sendo maior do que a obtida com investimentos de renda fixa.
Segurança
A versatilidade é apenas um dos pontos fortes do consórcio. A segurança é outro aspecto que atraiu cerca um milhão de participantes em todo Brasil de janeiro a novembro de 2019, de acordo com dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, a ABAC. A modalidade é fiscalizada pelo Banco Central e conta com lei própria, a 11.795, uma garantia para quem opta pelo produto. Outro ponto em destaque é a atualização do crédito, ajustado anualmente pelo Índice Nacional de Custo da Construção, o INCC, o que mantém o poder de compra do consorciado.