- 30/03/2021 12:29
Com as constantes dificuldades de estabilidade de emprego no Brasil, muitas pessoas têm procurado conquistar a independência financeira tornando-se empreendedoras. Mas a falta de experiência tem levado muitos a falirem pouco tempo depois de abrir um negócio próprio.
Umas das principais causas do fracasso de novas empresas é a falta de planejamento técnico e estratégico em relação aos recursos que serão investidos na empreitada. Isso também pode acontecer em empresas já estabelecidas, que decidem fazer um novo investimento sem verificar objetivamente as condições e o cenário do mercado.
“Empreender envolve riscos. Por isso, é fundamental ter um bom planejamento dos investimentos, saber de onde virá o dinheiro para o negócio. É preciso verificar a viabilidade do retorno sobre o investimento e as fontes de recursos que vão compor e possibilitar esse investimento”, indica Paulo Starke, superintendente no Paraná do BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul.
Ele destaca que nenhum negócio pode começar bem se não planejar as fontes de financiamento para o investimento que vai se realizar. A lógica é equacionar o investimento, buscar um recurso com juros mais baixos e de longo prazo, para não ter grandes desembolsos no curto prazo e afetar o fluxo de caixa da empresa – isso permite que a empresa tenha fôlego no início, quando aparecem novas oportunidades.
“A empresa não pode se endividar demais no início, um negócio nunca começa bem com dívidas. É necessário ter, no mínimo, a metade dos recursos que se precisa e o banco entra com a outra metade. Ter uma boa estrutura de capital é a forma de se começar bem um negócio”, afirma o representante do BRDE, que lembra que, no Brasil, os empreendedores geralmente têm pouca preparação para a administração de um negócio.
Ele destaca ainda que o empreendedor precisa ficar atento aos movimentos do mercado, organizar bem o investimento em momentos de crise e não abusar das oportunidades que aparecem em tempos de economia mais forte, quando muitas vezes há excesso de crédito – alguns empresários levantam muitos recursos financiados nessa fase, mas depois não têm capacidade de honrar os pagamentos no futuro. “O empresário deve aprender a não se endividar demais quando há muita oferta de crédito. Em momentos de crise, os bancos avessos ao risco não renovam suas operações de curto prazo, aumentam as taxas de juros para renovar os riscos que tomam e deixam o empresariado na mão”, alerta.
Starke também lembra que, no Brasil, devido à grande informalidade presente em parte do setor econômico, o empreendedor tem a tendência de começar um negócio sem os devidos licenciamentos. “É muito de nossa cultura dar um jeitinho para tudo. O BRDE alerta o empresário e mostra os caminhos para fazer tudo do modo correto. Procuramos analisar todas as variáveis que estão no entorno do negócio, oferecendo apoio técnico e orientando o empresário para o melhor investimento”, confirma.
Apoio técnico
O BRDE tem como uma das principais missões o apoio técnico ao empreendedor. Para isso, cria uma estrutura especial e contrata profissionais de várias áreas para o seu quadro – contabilidade, administração, economia, engenharia e direito –, com o objetivo de analisar a viabilidade de negócios e as propostas dos empreendedores, além de verificar como cada um dos projetos que são apresentados vão poder ser sustentáveis a longo prazo, seja do ponto de vista econômico ou jurídico.
Nenhuma análise de risco de concessão de crédito é feita de forma individual no BRDE. Tudo é realizado por colegiados e equipes técnicas. “As equipes de avaliadores assinam relatórios de recomendação de crédito, os quais passam pela supervisão de um gerente e são enviados para análise de colegiados, para depois chegar à diretoria do BRDE. O banco se protege da subjetividade contra eventuais desvios pela colegialidade do processo. Nenhum real é aprovado individualmente no BRDE”, destaca Starke.
Política de crédito
Um dos principais diferenciais do BRDE é sua política de crédito de longo prazo, que não muda mesmo com as alterações que o mercado possa passar. “A meta estratégica de spread do BRDE é de 2,9% ao ano. É uma taxa comparável às praticadas no mercado internacional. Nossas taxas são muito apropriadas para o público que atingimos, que vai do pequeno empresário que fatura a partir de R$ 500 mil ao ano até empresas que faturam R$ 1 bilhão por ano”, diz o superintendente. “O BRDE é um banco de atacado, financiando projetos no longo prazo, com ticket a partir de R$ 2oo mil quando atende diretamente empresários, e ticket médio geral de R$ 300 mil quando atinge os produtores rurais”, continua.
Quando há escassez de crédito em outros bancos, o BRDE pode apoiar de 2 mil a 3 mil projetos ao ano, com uma procura muito grande de pequenos produtores rurais por meio das parcerias por todo o Paraná para financiar crédito rural. “O maior diferencial do BRDE dentro do sistema bancário é o nosso perfil de banco de longo prazo e com estabilidade de condições, sem flutuações. Nossa política de crédito é a mesma desde 1998, para mostrar que somos um banco que busca estabilidade em um mercado que nem sempre é estável”, conclui Starke. Atualmente, o BRDE tem 36,6 mil clientes ativos, alcançando 92% dos municípios da Região Sul. São realizados, por ano, cerca de R$ 1 bilhão em financiamentos, com aproximadamente mil projetos financiados. Pensou em novos investimentos, pensou BRDE.
Pensou em novos investimentos, pensou em BRDE.