A origem do café no Brasil remonta ao longínquo século 18. As primeiras mudas do grão foram plantadas em território nacional há 302 anos, no ano de 1720, na antiga província do Pará. Quem as trouxe para as terras tupiniquins foi o militar luso-brasileiro Francisco de Melo Palheta, após viagem à Guiana Francesa. Sargento-mor, Palheta ficou conhecido por suas missões, uma delas, mais do que especial: adquirir mudas e sementes de café para implantar o seu cultivo no Brasil, por este possuir grande valor comercial.
É importante destacar, entretanto, que o café já era consumido desde a antiguidade, quando os habitantes da Etiópia, na África, passaram a conhecer a planta. Depois disso, persas e árabes entraram em contato com esse hábito de consumo, passando o café a ser cultivado em várias partes do mundo. Alguns setores da sociedade europeia passaram a beber café depois do século 17, hábito que se expandiu rapidamente pelo continente.
Por aqui, após a missão exitosa de Francisco Palheta, as primeiras grandes lavouras de café surgiram na Baixada Fluminense e no Vale do Rio Paraíba, nas províncias do Rio de Janeiro e de São Paulo. O solo e o clima da região favoreceram a produção, que se destinava a atender ao mercado europeu e americano. Os africanos escravizados formaram a força de trabalho para laborarem no cultivo, colheita e beneficiamento do café. O transporte para o porto do Rio de Janeiro, de onde inicialmente era exportado, era feito no lombo das mulas.
E assim a produção de café foi se expandindo e crescendo cada vez mais. Com o passar dos anos, surgiram as grandes indústrias, que ajudaram a popularizar o consumo da bebida em território nacional. Hoje, o Brasil é o maior produtor de café do mundo, com 3.019.051 toneladas de volume de produção por ano. O Vietnã vem em segundo lugar, com 1.460.800 toneladas/ano. Além de fazer parte de 98% dos lares brasileiros, segundo dados de junho de 2019, desde a primeira refeição do dia, o café também faz girar a roda da economia de forma intensa. Segundo o Ministério da Agricultura, a cadeia produtiva de café é responsável pela geração de mais de 8 milhões de empregos no país, tanto diretos como indiretos. É também um importante gerador de divisas (US$ 2 bilhões anuais, ou 26 milhões de sacas exportadas ao ano), contribuindo com mais de 2% do valor total das exportações brasileiras, e respondendo por mais de um terço da produção mundial.
Na década de 1940, foi fundada uma das principais marcas do país, o Café Alvorada. Naquela época, a empresa ganhou destaque por montar uma cafeteria de muito sucesso na Travessa Oliveira Belo, no famoso “senadinho”, centro de Curitiba-PR. O local se tornou ponto de encontro dos bate-papos, reunindo grandes personalidades da história paranaense.
Com o passar das décadas, a empresa continuou a crescer, aprimorando cada vez mais seu processo produtivo, o que levou a um aumento considerável de sua linha de produtos. Hoje em dia, além do seu café Tradicional, o Alvorada conta com o Extra Forte, Espresso, Cappuccino, filtro para café, além do Alvorada Superior, feito com grãos 100% arábica, edição especial para comemorar os 80 anos da marca, completados em 2021.
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