Quando uma pessoa está surda, significa que ela perdeu totalmente a audição ou diminuiu sua capacidade de ouvir. Em casos assim, o diagnóstico deve ser feito por um especialista. Mas, afinal, a surdez tem cura?
A resposta claro que é: depende. Em algumas situações, sim, é possível reverter o problema. Em outras, a cura não existe.
Mesmo assim, o tratamento adequado, inclusive com uso de aparelhos auditivos, pode facilitar o dia a dia e a comunicação com outras pessoas.
Surdez e deficiência auditiva são a mesma coisa?
Como já mencionamos, a pessoa é considerada surda quando tem perda total ou parcial da audição (em um dos ouvidos apenas), podendo variar em diferentes níveis e na sua origem.
Já a deficiência auditiva é caracterizada pelaredução da capacidade de ouvir sonsem um ou ambos os ouvidos, que pode ir de leve à severa. Ou seja, não existe perda, como no primeiro caso.
Principais causas da surdez
De acordo com o Ministério da Saúde, 3,2% (quase 6 milhões de pessoas) da população brasileira é considerada surda e as causas desse problema podem ser várias.
- Infecções por vírus ou bactérias;
- Exposição a ruídos intensos, que pode ocasionar a diminuição progressiva da audição;
- Traumas na cabeça;
- Tumor no ouvido ou cerebral;
- Uso de alguns medicamentos ou drogas;
- Acúmulo de cera e outras secreções, que podem causar o rompimento do tímpano ou bloqueio do ouvido médio;
- Envelhecimento da audição (pessoas idosas);
- Doenças como lúpus, meningite, esclerose múltipla, entre outras;
- Predisposição genética;
- Problemas com a mãe durante a gestação.
Mas, surdez tem cura? Entenda no vídeo abaixo.
Tipos de surdez
A perda auditiva pode ser classificada de diferentes formas, de acordo com sua causa:
Surdez condutiva ou de condução
A parte externa e média do ouvido é afetada e, com isso, os estímulos sonoros têm dificuldade ou não conseguem chegar ao ouvido interno.
Esse tipo de surdez pode acontecer por algum bloqueio (acúmulo de cera ou presença de objeto estranho, por exemplo) ou por problema fisiológico, como o rompimento do tímpano.
Surdez neurossensorial ou de percepção
Esse é o caso mais comum de perda auditiva, caracterizado pelo comprometimento do ouvido interno. Com isso, os estímulos sonoros não são processados ou transmitidos ao cérebro.
As causas são variadas: exposição a som alto, degeneração das células auditivas (com o avanço da idade), diabetes ou pressão alta, tumores, doenças genéticas, entre outras.
Surdez Mista
É a soma da perda auditiva condutiva e a neurossensorial, ou seja, a surdez atinge o ouvido interno, bem como o externo e/ou médio.
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Graus de perda auditiva
De acordo com a força dos sintomas e da capacidade que a pessoa ainda tem de ouvir os sons, a surdez pode ser classificada nos seguintes graus:
Leve: a perda auditiva é de até 40 decibéis, impossibilitando a audição de um som fraco ou distante. No dia-a-dia, funciona assim: a pessoa sente dificuldade para entender conversas em locais com presença de ruídos, chegando a pedir que a fala seja repetida. Não costuma causar alterações graves na linguagem.
Moderada: nesse caso, a perda fica entre 40 e 70 decibéis e a pessoa passa a ter dificuldades de entender os sons e fala mesmo em ambientes mais silenciosos, como na fala entre duas a três pessoas. Por isso, ela sente dificuldade para se comunicar, ocasionando dificuldades na linguagem e necessidade de desenvolver a habilidade de leitura labial.
Severa: a perda auditiva fica entre 70 e 90 decibéis. Nesse caso, só é possível entender ruídos e vozes intensas e, por isso, a percepção visual e leitura labial são indispensáveis para compreensão.
Profunda: esse é o grau mais grave de surdez e acontece quando a perda ultrapassa 90 decibéis, o que é suficiente para impedir a comunicação e o entendimento da fala.
Quais são os tratamentos mais comuns para surdez?
A partir de exames, como a audiometria, que é capaz de atestar o grau de perda auditiva e se o comprometimento é unilateral ou bilateral, o fonoaudiólogo ou o otorrinolaringologista conseguem fazer o diagnóstico e, assim, descobrir se existe possibilidade de tratamento e qual é mais adequado.
A origem do problema influencia diretamente no tipo de tratamento. Em algumas situações mais graves, como a perfuração do tímpano, a cirurgia corretiva pode ser a solução. Em outras, como o ouvido médio tampado por causa de cera (causa a chamada surdez súbita), apenas uma limpeza pode resolver.
Os tratamentos mais comuns para perda auditiva são:
Implante coclear
Indicado para quem tem surdez severa ou profunda, principalmente do tipo neurossensorial e os aparelhos auditivos não foram eficazes na compreensão de fala. Também conhecido como ouvido biônico, o dispositivo recria a cóclea humana e estimula de maneira artificial o nervo da audição.
O implante é colocado no ouvido interno, através de uma cirurgia, e o processador é utilizado atrás da orelha. Mesmo com ótimos resultados em crianças que nasceram surdas e em adultos com perda repentina de audição, o tratamento deve ser indicado por um médico especialista após a tentativa de uso dos aparelhos auditivos.
Cirurgias e medicamentos
Nos casos de perda auditiva reversível, ou seja, que tem cura, o tratamento pode ser feito através de medicamentos para curar a infecção responsável pela surdez.
Também é possível reverter o quadro através de cirurgias, que conseguem corrigir problemas como o tímpano furado, otosclerose, entre outras situações.
Aparelhos auditivos
Também conhecido como prótese auditiva, esse equipamento ajuda a tratar, organizar e ampliar o volume dos sons, facilitando a audição nas pessoas que perderam essa função.
Os aparelhos auditivos podem ser indicados para pessoas de todas as idades.
Existem aparelhos de uso interno e externo, com vários formatos e tamanhos. Os dispositivos são compostos por alta tecnologia, inteligência artificial e conectividade para garantir fidelidade de áudio e excelentes resultados na vida de quem usa.
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