Distúrbios do sono são os principais causadores de noites mal dormidas. Dentre os problemas mais comuns, estão a apneia, a insônia, o sonambulismo e o bruxismo.
A apneia, no entanto, é o distúrbio mais comum, principalmente entre os idosos. Segundo o Episono (Estudo Epidemiológico do Sono de São Paulo), cerca de 60,2% dos idosos entre 60 e 69 anos apresentam a doença. Esses números aumentam para 86,9% entre idosos na faixa de 70 e 80 anos.
A apneia é um distúrbio que faz com que a respiração durante a noite fique superficial, ocasionando até em uma parada completa da respiração por alguns segundos ou minutos. Essa característica faz com que a pessoa que sofre com o problema desperte muitas vezes durante a noite, acordando com a sensação de não ter descansado o suficiente.
Embora o distúrbio seja muito comum, ele precisa ser diagnosticado corretamente e tratado de forma adequada, a fim de evitar sobrecarga do coração, o que pode causar problemas graves de saúde.
A apneia pode acontecer de três formas, e todas são fáceis de diagnosticar. Entenda melhor, neste artigo, os tipos de apneia existentes e como fazer o diagnóstico de forma adequada.
O que é apneia?
Como explicado brevemente, a apneia é um distúrbio que gera a parada da respiração por 10 segundos ou mais.
Essa parada na respiração durante o sono diminui o oxigênio e aumenta o gás carbônico no organismo. Essa característica exige um grande esforço respiratório para reverter o quadro.
Ao sentir esse esforço, a pessoa desperta e ocorre a abertura das vias respiratórias, facilitando a ventilação. Ao pegar no sono novamente, o ciclo volta a se iniciar.
Quais são os principais tipos de apneia?
A apneia pode se apresentar de três formas diferentes, conforme será explicado abaixo.
1 - Apneia Obstrutiva do Sono
A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é o tipo de apneia mais comum. Sua principal característica é a obstrução das vias aéreas superiores durante o sono, e normalmente ela é acompanhada por ronco alto e frequente.
Nesse tipo de apneia, a causa principal é a obstrução do canal respiratório. Ela pode acontecer principalmente em casos de pessoas que sofrem com obesidade, aumento das amígdalas e alterações craniofaciais.
2 - Apneia Central do Sono
A Apneia Central do Sono (ACS) é um pouco menos comum. Ela acontece devido a uma falha na comunicação entre o cérebro e as vias áreas.
Neste caso, os músculos responsáveis pela respiração não recebem o sinal de que devem funcionar e, por isso, continuam estáticos.
A grande diferença do primeiro tipo de apneia para essa é que, na primeira, os vasos são obstruídos, enquanto nessa os músculos nem tentam respirar, já que não recebem esse comando.
Esse tipo de apneia é mais comum em pessoas que sofrem com doenças neurológicas, como mal de Alzheimer, Parkinson, esclerose lateral amiotrófica, além de danos ao cérebro como os causados por encefalite, acidente vascular cerebral, lesões, entre outros.
3 - Apneia Mista do Sono
Como o próprio nome já insinua, a Apneia Mista do Sono é um tipo que mistura os fatores centrais e obstrutivos.
Embora esse tipo de apneia exista, ela é muito mais incomum de acontecer, sendo pouco vista entre os pacientes.
Principais causas da apneia do sono
A apneia do sono pode estar relacionada com diversos fatores de saúde, variando de caso a caso. Principais razões:
- Obesidade;
- Tabagismo;
- Alcoolismo;
- Idade;
- Congestão nasal;
- Uso de medicamentos calmantes e relaxantes para dormir.
Sintomas da apneia do sono
Além dos despertares contínuos ao longo da noite, outros sintomas também podem ser observados em pacientes que sofrem com essa doença.
Os diversos despertares podem causar sensação de cansaço excessivo, enquanto os episódios de ronco podem gerar dor na garganta e sensação de secura logo pela manhã.
Outros sintomas também podem ser associados com a apneia do sono, como:
- Sonolência excessiva durante o dia;
- Acordar ofegante;
- Dor de cabeça matinal;
- Dificuldades de concentração e de memória;
- Irritabilidade.
Como é feito o diagnóstico da apneia do sono?
Embora o diagnóstico de apneia do sono seja feito, em parte, com base na avaliação médica dos sintomas, os doutores costumam usar um exame chamado de polissonografia para confirmar o diagnóstico e determinar a gravidade.
O exame de polissonografia consiste em monitorar, por meio de sensores, o seu comportamento durante uma noite de sono. Você passa uma noite na clínica para ser monitorado. Pode ser que seja necessário realizar a gravação de imagem e áudio também, para uma análise mais completa.
Onde diagnosticar a apneia?
O melhor local para realizar o exame de identificação da apneia é em centros especializados em distúrbios do sono.
Uma clínica especializada no assunto estará bem equipada e pronta com ótimos profissionais para realizar um bom diagnóstico.
Por isso, caso tenha sintomas de apneia, consulte seu médico de confiança e fale dos seus sintomas, assim ele poderá te encaminhar para a realização do exame.
Na hora de realizar a polissonografia, conte com o Centro de Distúrbios do Sono. Lá você conta com atendimento médico voltado para a clínica do sono, que busca melhorar a qualidade de vida dos pacientes focando nas áreas de nutrição e atividade física, associando outras avaliações de saúde.
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