O caminho mais eficiente para eliminar gordura é fazer exercícios regularmente e manter uma alimentação balanceada, certo? Bem, para as mulheres que sofrem de lipedema a questão pode não ser tão simples assim — especialmente quando o desafio é perder a gordura que se acumula nas pernas.
Muitas mulheres tentam mil e uma dietas, possuem uma rotina saudável de atividades físicas e estão com todos os seus exames em dia. Mesmo assim, têm as pernas “gordas”, muitas vezes a despeito da parte superior do corpo magra e o abdômen chapado — um corpo desproporcional, portanto.
Isso acontece porque esse acúmulo de gordura nas pernas não responde às dietas e exercícios físicos convencionais, gerando frustração e, muitas vezes, abandono de um estilo de vida mais saudável.
Conheça a Dra Mariana Thalyta Bertolin Silva - CRM-PR 32246 - RQE 23472 -RQE 27598 , médica cirurgiã vascular e especialista em lipedema
O que é lipedema e quais suas causas?
O lipedema é uma doença inflamatória crônica do tecido adiposo, caracterizada pelo acúmulo progressivo de gordura na parte inferior do corpo, geralmente quadril, coxas e pernas, de forma simétrica. Atinge 11% das mulheres, ou seja, 11 milhões de brasileiras atualmente
Entre os sintomas mais comuns temos: dor nas pernas e sensibilidade ao toque/pressão, aparecimento de equimoses (“roxos”) nas pernas sem trauma associado, inchaço que melhora pouco com a elevação das pernas, celulite em grande quantidade com aspecto de “casca de laranja”, pés gelados, alterações articulares (frouxidões) e desproporção corporal (“um corpo em cima e outro embaixo”).
Com a progressão da doença, o aparecimento de nódulos de gordura pode levar a alterações de mobilidade e deformidade nas pernas, além de serem muitos dolorosos, o que afeta ainda mais a qualidade de vida e a saúde mental das pacientes.
Falando em saúde mental, esse é outro ponto importante sobre o lipedema: antes de saberem que possuem essa doença, as pacientes tentam afinar as pernas de todas as formas, o que gera frustração e uma série de julgamentos e prejuízos sociais.
Em muitos casos, elas também passam por médicos de diferentes especialidades e fazem tratamentos que dão pouco resultado — na maioria das vezes devido ao diagnóstico incorreto. Isso leva a um ciclo vicioso de negatividade: de acordo com uma pesquisa da ONG britânica Lipoedema UK, 85% das mulheres que sofrem dessa doença têm sua saúde mental afetada, sendo a depressão e a ansiedade as principais doenças encontradas.
A ciência ainda está descobrindo quais, exatamente, são as causas do lipedema. Contudo, já se sabe que há um importante fator genético — por isso, é comum que mulheres da mesma família tenham a doença e achem que isso é apenas uma característica corporal (em até 60% das pacientes com lipedema diagnosticado, encontramos parentes que também apresentam algum grau da doença.) Além disso, acredita-se que o estopim para o desenvolvimento do lipedema possa estar relacionado a questões hormonais, como a puberdade, gestação, uso de contraceptivos ou menopausa.
Como fazer o diagnóstico correto do lipedema?
Os médicos especialistas em lipedema — na maioria dos casos hoje, os cirurgiões vasculares — podem diagnosticar a doença a partir da consulta com a paciente e o exame físico das pernas. A combinação da presença dos sintomas e do aspecto visual de desproporção com ou sem os nódulos de gordura é, na maioria dos casos, suficiente para o diagnóstico.
Contudo, nem sempre é fácil encontrar alguém que seja capaz de fazer esse diagnóstico, bem como o tratamento. Isso porque o lipedema ainda é uma doença pouco conhecida, muito confundida com a obesidade, retenção de líquidos, linfedema e também com biotipo.
“Quando a paciente chega no consultório e tem o diagnóstico, um mundo se abre para ela. Ela não sente mais culpa", afirma a Dra Mariana Thalyta Bertolin Silva - (CRM-PR 32246 - RQE 23472 -RQE 27598), cirurgiã vascular de Curitiba e especialista em lipedema. Ela decidiu se especializar na doença após descobrir que também a possui.
Dra Mariana Thalyta Bertolin Silva (CRM-PR 32246 - RQE 23472 -RQE 27598) explica que o primeiro passo, após o diagnóstico, é acolher a paciente e orientá-la no tratamento clínico. O protocolo inclui dieta e exercícios, naturalmente, porém mais específicos e direcionados à redução das inflamações nas pernas. Além disso, envolve medicamentos, procedimentos como drenagem linfática e compressão elástica, assim como a possibilidade de tratamento cirúrgico dependendo do grau da doença e sintomas.
Mas, antes de tudo, o primeiro e mais importante passo é o diagnóstico correto do lipedema.
Para saber mais sobre o lipedema, marque uma consulta com a Dra Mariana Thalyta Bertolin Silva (CRM-PR 32246 - RQE 23472 -RQE 27598) !