O que é radioiodoterapia e qual é a importância desse tratamento?
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  • Por CETAC
  • 28/02/2023 17:50

A radioiodoterapia é o procedimento médico que utiliza o iodo radioativo (131Iodo) para tratar algumas enfermidades da tireoide, como o hipertireoidismo (quando a glândula funciona além do normal) e as neoplasias malignas (tumores de tireoide).

A Dra. Gabriela Elisete Bier, do Centro de Medicina Nuclear do Paraná - Grupo CETAC, acrescenta que o tratamento com 131Iodo muitas vezes é a primeira escolha em casos de hipertireoidismo, embora sua utilização seja mais indicada para os casos de doenças com até dois anos de evolução que não tenham sido beneficiadas com medicações anti-tireoidismo.

Outra grande indicação terapêutica é para os bócios volumosos com sintomas compressivos, evitando procedimentos cirúrgicos.

Além destas afecções benignas da tireóide, a radioiodoterapia tem papel de destaque no tratamento do câncer bem diferenciado da tireoide, principalmente quando há indícios de recorrência ou chances de recidiva.

O iodo radioativo é administrado por via oral, em jejum, de forma ambulatorial ou em internação em quarto terapêutico (com isolamento radioativo), dependendo da quantidade da dose a ser administrada.

Preparação para iodoterapia

Uma dieta com restrição de sal iodado (que é o sal comum presente nos alimentos), além de outros cuidados (evitar alguns medicamentos, exames, cosméticos, entre outros), são necessários no período que antecede a administração do iodo radioativo.

Segurança e Efeitos Colaterais

Como foi o primeiro material radioativo a ser usado na Medicina Nuclear (utilizado desde 1939), seus efeitos e comportamento são muitos conhecidos e seguros, produzindo pouquíssimos efeitos colaterais. Os tratamentos são ambulatoriais ou regime de internação hospital dia.

Cuidados após o tratamento (por 2 a 3 dias)

A Comissão Nacional de Energia Nuclear orienta alguns cuidados específicos ao paciente que ingeriu iodo radioativo, com o objetivo de evitar a exposição desnecessária de outras pessoas à radiação durante aproximadamente uma semana:

  • Isolamento de crianças e gestantes;
  • Distância de cerca de 3 metros de outras pessoas;
  • Ingerir grande quantidade de líquidos; 
  • Cuidados higiênicos e pessoais específicos.

Contraindicação

A iodoterapia não deve ser realizada em gestantes ou lactantes devido à radiação absorvida pelo corpo.

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