A demência é uma síndrome que afeta principalmente pessoas idosas e com maior prevalência em indivíduos acima dos 65 anos| Foto: Shutterstock
  • Por CETAC
  • 17/02/2023 13:54
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Segundo Dra. Taiza Parente Zukovski, Médica Nuclear do CETAC - Centro de Diagnóstico por Imagem, o termo demência representa um déficit adquirido e progressivo das habilidades intelectuais afetando a memória, linguagem, habilidades visuoespaciais, cognição, emoção e personalidade.

Como é uma doença prevalente em indivíduos com mais de 65 anos, é muito importante o papel da medicina diagnóstica para afastar a síndrome demencial do envelhecimento normal dos indivíduos.

Demências

As demências são doenças neurodegenerativas que provocam danos cerebrais que impedem os neurônios de se comunicarem adequadamente e se manifesta por uma perda do volume desse órgão (atrofia).

A atrofia cerebral discreta é observada no envelhecimento normal, porém nas demências ela é acentuada e seletiva.

Entre os vários tipos de demência, quatro são as mais comuns e representam 90% do total:

  • Doença de Alzheimer (50 a 60%);
  • Demência Vascular (10%);
  • Demência com corpos de Lewy (15 a 20%);
  • Demência Frontotemporal (15%).

Doença de Alzheimer

A Doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que se caracteriza por perda da função neuronal e alterações cognitivas, funcionais e comportamentais progressivas, sendo a perda de memória o sintoma mais marcante.

No caso da Doença de Alzheimer, as principais células inicialmente afetadas são aquelas das regiões hipocampais, pequenas estruturas localizadas na base do cérebro, nas regiões temporais, que controlam a memória. Por consequência, é nesta região hipocampal que aparecem os primeiros sinais de atrofia.

Com a evolução da doença, sinais de atrofia são também observados nos lobos cerebrais e novos sinais clínicos evolutivos da doença aparecem, como dificuldade para completar tarefas cotidianas simples, depressão, mudança de humor e personalidade, confusão em identificar pessoas e locais, além de sintomas psicóticos.

Quais exames diagnosticam Doença de Alzheimer?

Os critérios diagnósticos para a Doença de Alzheimer têm como base uma síndrome demencial em evolução, complementada pelos exames de diagnóstico por imagem:

Ressonância Magnética

A Ressonância Magnética, por sua superior capacidade de detalhamento anatômico e de detecção de mínimas alterações, é o primeiro método de escolha, seguido pelo PET CT.

Os exames de Ressonância Magnética vão mostrar alterações volumétricas (atrofias) das regiões frontal, temporal e parietal, mas os sinais mais precoces são as atrofias dos hipocampos.

A própria Ressonância Magnética Funcional, mostrando imagens por tensores de difusão, perfusão e espectroscopia de prótons, tem muito a acrescentar ao diagnóstico.

O exame funcional mais avançado e com elevado índice de precisão diagnóstica, no entanto, é o PET CT.

PET CT

O exame de PET CT é uma revolucionária técnica de diagnóstico por imagem mais abrangente e sensível que, além de mostrar imagens perfeitas da anatomia do corpo humano, avalia as alterações metabólicas de qualquer parte do organismo.

No caso da Doença de Alzheimer, ele identifica já em sua fase inicial o depósito de proteínas anormais nas células cerebrais ou em suas sinapses, condição que é chave para o diagnóstico precoce da doença.

No CETAC, o exame de PET CT especifico para a Doença de Alzheimer é realizado utilizando-se o FLORBETABEN (18F), radiofármaco de vida-média curta, que não produz nenhum efeito adverso ao paciente, capaz de identificar as placas neuríticas beta-amiloides, quando existentes nos casos suspeitos.

Um scan negativo para Florbetaben (18F) indica ausência de placas neuríticas do beta-amilóide no cérebro examinado e é inconsistente com a hipótese clínica de Doença de Alzheimer.

Um scan positivo indica presença de placas neuríticas amilóides, tornando o diagnóstico bastante provável, havendo nesse caso a necessidade da correlação clínica para o diagnóstico definitivo.

No CETAC, as imagens obtidas são analisadas por dois especialistas, um radiologista e um médico nuclear, que as definirão como beta-amilóide positivas ou beta-amilóides negativas. O laudo completo é entregue ao paciente e imediatamente encaminhado ao médico que solicitou o exame.

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