Uma pesquisa da consultoria Korn Ferry - The Global Talent Crunch apontou uma “seca” de talentos em países desenvolvidos. O estudo incluiu o Brasil no pacote ao classificá-lo em segundo lugar em escassez de profissionais preparados para as suas demandas de mercado:
- Indonésia: 17,9 milhões de profissionais
- Brasil: 15,8 milhões de profissionais
- Japão: 13,8 milhões de profissionais
Um dado como esse torna ainda mais urgentes preparação técnica e formação adequada como resposta a essas demandas. E aos que já as possuem, cabe buscar atualização. Mas apesar dessa informação e de sua extrema importância, cabe ressaltar que nem só de conhecimento técnico viverá o profissional que o futuro espera.
Um relatório do Fórum Econômico Mundial apontou as dez habilidades ou competências que serão melhor absorvidas pelo mercado até 2020. São elas: resolução de problemas complexos, pensamento crítico, criatividade, gestão de pessoas, coordenação, inteligência emocional, capacidade de julgamento e tomada de decisões, orientação para servir, negociação e flexibilidade cognitiva.
Não é de surpreender que essas habilidades não sejam ligadas a conhecimentos e capacidades técnicas. Cada vez mais produtos e serviços demandam características ultra específicas, alta tecnologia e um alto grau de personalização. E esse cenário exige de colaboradores habilidades diferentes das que mantinham suas posições no mercado num passado não muito distante.
Pensar dentro e fora da caixa
Um termo muito utilizado nos negócios nos últimos tempos foi ‘pensar fora da caixa’. Um processo que faz referência à criatividade, à inovação e à criação de novos paradigmas para a produção de serviços e produtos. No entanto, o profissional que deseja alcançar ou descobrir suas ‘habilidades do futuro’ também precisa olhar para dentro de si e ao redor e avaliar o que é próprio do comportamento humano individual e coletivo. Sem essa avaliação e processo de autoconhecimento, o caminho para o desenvolvimento de habilidades comportamentais será mais difícil.
O consultor Redan Nadler define inteligência emocional como o equilíbrio das competências pessoal e social nas áreas da: autoconsciência, auto-gerenciamento, consciência social e gerenciamento das relações. O diagrama a seguir listará as quatro áreas e um total de 20 competências ligadas a elas:
Uma gestão de alta performance é construída por indivíduos autoconscientes, que sabem de suas limitações e capacidades. E os gestores capacitados para o futuro têm, além disso, consciência das suas relações com o meio e dos limites e potencialidades que cada conexão possui.
Negligenciar os aspectos ligados à inteligência emocional e comportamental das equipes é deixar como certo seu insucesso como gestor ou gestora.
Os gestores e o novo cenário
A psicóloga, pós-graduada em Administração de Recursos Humanos e mestre em Linguística, Luz Maria Romero, em seu artigo “A liderança emocional nas organizações” explica que cargos (e as habilidades técnicas relacionadas a eles) não garantem a capacidade de influenciar comportamentos e atitudes de colaboradores, mas habilidades comportamentais sim. E tem vantagem quem as desenvolve.
Líderes e gestores precisam entender e reconhecer as competências e níveis de maturidade de colaboradores e além disso, estar a par dos cenários onde a vida dos comandados se desenvolve. Novas exigências para colaboradores também resultam em novas demandas para as lideranças. Palavras como inclusão, inspiração e sustentabilidade já fazem parte do universo das gestoras e gestores modernos e no futuro esses aspectos serão ainda mais evidentes.
Um estudo publicado em setembro deste ano pela Stanford Graduate School of Business, pesquisadores descobriram que ações de companhias com maior diversidade de gênero subiram em relação às empresas que informaram ter menos mulheres. Os padrões se repetiram em empresas de tecnologia e do setor financeiro. E segundo o relatório “Mulheres na Gestão Empresarial: Argumentos para uma Mudança, da Organização Internacional do Trabalho, quase três entre quatro das empresas que promovem a diversidade de gênero em cargos diretivos dizem ter obtido aumento dos lucros de 5% a 20%.
A habilidade de ter consciência dos cenários envolvidos com os processos de uma organização são e serão ainda mais fundamentais para o gestor do futuro. Pactos relacionados ao desenvolvimento sustentável estão sendo cada vez mais considerados por governos e empresas, o que levou, inclusive, à criação de marcos próprios por parte de alguns setores. Uma das evidências de que esse tema já deixou de ser mero discurso ou moda, é a necessidade de certificação ISO 14001 para exportação de produtos.
A Choice e o profissional do futuro
Em face desses aspectos - que são apenas alguns dos que compõem o universo da gestão - fica evidente que a gestora e o gestor do futuro precisam estar em constante processo de aprendizado, construção e desconstrução de conceitos. E isso demanda também constante atualização de conhecimentos. Passando por gestão de pessoas, comunicação, processos, e outras diversas áreas.
A Choice entende que o profissional do futuro precisa fazer boas escolhas diariamente e que esses desafios demandam a melhor preparação em todos os aspectos: técnico e humano. Por isso, oferece a mais completa academia de profissões com todas as possibilidades para desenvolvimento e atualização. O entendimento de que o futuro já começou faz parte de um ensino prático e conectado às necessidades reais de profissionais que sempre estão em busca de evolução.