
A medicina vem sendo amplamente revolucionada ao longo das últimas décadas com o desenvolvimento da tecnologia. Mesmo os procedimentos que ainda possam ter similaridades com épocas anteriores já contam com modernos equipamentos, materiais e estrutura, que garantem mais segurança e melhores condições a médicos e pacientes.
Com a cirurgia bariátrica não vem sendo diferente.
Tendo o primeiro procedimento do mundo datado em 1954, a cirurgia para tratamento da obesidade chegou ao Brasil no fim da década de 1960, com a realização das primeiras operações pelo Dr. Salomão Chaib, médico-cirurgião da USP.
Os resultados iniciais pouco animadores somados a condições instáveis que levavam alto risco aos pacientes fizeram com que sua consolidação só viesse ao fim da década de 1980, após avanços em pesquisa e métodos aplicados que garantiram melhores condições e redução dos riscos no procedimento.
Isso tudo só foi possível graças aos esforços de médicos e pesquisadores espalhados em equipes pelo país que, observando imenso potencial na cirurgia bariátrica como tratamento da obesidade, foram buscar aprimoramento no exterior. A junção de interesses coletivos entre os profissionais foi marcada também pela criação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, em 1996.
Um novo século e a videolaparoscopia
A partir do ano 2000, ganha destaque um novo tipo de procedimento, muito menos invasivo ao paciente e que proporciona mais segurança ao cirurgião: a cirurgia bariátrica por videolaparoscopia.
Contando com uma microcâmera para dar apoio às ações do médico, é realizada através de pequenos orifícios no abdômen. E esta talvez seja a principal diferença entre o tipo de cirurgia anterior, a laparotomia ou cirurgia aberta, pois nela os cortes poderiam chegar ao comprimento de toda a região.
O Dr. Luís Sério Nassif (CRM-PR 7870; RQE 4491; RQE 11117) comenta que a mudança para a videolaparoscopia “foi o primeiro grande avanço da cirurgia bariátrica, avanço que se ramifica até hoje com materiais mais modernos e eficientes”. O cirurgião considera imensurável a evolução do procedimento ao longo das últimas décadas por ter “proporcionado condições muito melhores para equipes médicas e também aos pacientes, com menos dores, traumas e efeitos colaterais”, explica.
Alternativa para o controle de doenças metabólicas
Conforme foi se tornando um consolidado tratamento contra a obesidade, estudos observaram resultados promissores da cirurgia bariátrica também no controle de doenças metabólicas – como diabetes, hipertensão e dislipidemia.
Passou-se, então, a utilizar o procedimento também como alternativa para tratamento destas comorbidades ao redor do mundo, fato que fez a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica incluir o termo “Metabólica” em sua sigla, tornando-se SBCBM, em 2007.
Dez anos depois, o Conselho Federal de Medicina reconheceu a cirurgia bariátrica e metabólica como tratamento para pacientes com o diabetes tipo 2 (Resolução 2.172), deixando de ser uma operação exclusiva a indivíduos obesos.
Técnicas de cirurgia bariátrica
Tão importante quanto o tipo de cirurgia bariátrica é a técnica que será aplicada. Cabe ao médico-cirurgião e à equipe envolvida a escolha de acordo com os objetivos pretendidos e principalmente o quadro clínico do paciente.
Mas quais as diferenças entre os métodos?
Banda gástrica: técnica cirúrgica que consiste na inserção de um dispositivo de silicone no início do estômago, controlando sua capacidade de armazenagem. É pouco invasiva, podendo ser revertida ou ajustada conforme necessidade do quadro clínico do paciente. Rejeições à prótese e a não redução de significativos volumes de peso para proporcionar melhorias ao paciente fazem com que esta técnica não seja tão utilizada.
Gastrectomia vertical ou Sleeve: remove-se de 70 a 85% do estômago, incluindo a região em que é produzida a grelina, hormônio responsável pelo sentimento de fome. Comendo menos, o peso do paciente diminui. Geralmente não exige suplementação para repor vitaminas e pode virar a técnica Bypass, se necessário. Não é reversível como a banda gástrica.
Bypass gástrico: o estômago é grampeado de modo que passe comida apenas por um reservatório de aproximadamente 30 a 40 ml. Para se captar o alimento, é criado um desvio no intestino que acaba encurtando o caminho do alimento e aumentando o sentimento de saciedade. É a técnica mais utilizada no mundo pelos expressivos resultados na perda de peso e controle de outras doenças. Exige suplementação de nutrientes.
Derivação bileopancreática: está associada à gastrectomia vertical, com remoção de 85% do estômago, criando também um desvio intestinal. Assim, o alimento vai por um caminho e os sucos digestivos por outro, se encontrando ao fim do intestino delgado, reduzindo a ingestão de calorias. Proporciona maior perda de peso que a outra técnica, porém pode levar à desnutrição do paciente.
Tratamento cirúrgico é mais que operar
Outro avanço das últimas décadas de grande contribuição para a cirurgia bariátrica e seus resultados foi a maior atuação multidisciplinar entre as especialidades médicas relacionadas, como a endocrinologia, nutrição, psicologia, psiquiatria, cardiologia, fisioterapia e educação física.
Uma vez que a obesidade é uma doença crônica que não tem cura, as mudanças nos hábitos alimentares, o abandono do sedentarismo e o acompanhamento regular junto às equipes médicas são fatores fundamentais para a manutenção dos resultados obtidos, prevenção de doenças e, principalmente, para não permitir o retorno do excesso de peso.
A notoriedade entre o trabalho multidisciplinar fez com que a cirurgia bariátrica se tornasse uma área de atuação no ano de 2013.
O futuro e a cirurgia bariátrica robótica
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, o Brasil é o segundo país que mais realiza a cirurgia no mundo – atrás apenas dos Estados Unidos.
A crescente realização de operações, aliada ao aumento no número de pessoas acima do peso, favorece a ampliação de estudos e novas tecnologias para aprimorar a cirurgia bariátrica, a fim de proporcionar resultados ainda melhores aos pacientes.

É o caso da cirurgia bariátrica robótica – que já é realidade em Curitiba – considerada o que há de mais recente para o procedimento. Mesmo que com similaridades, é bastante superior à videolaparoscopia.
Sentado e através de um console no qual encaixa seu rosto, o cirurgião telecomanda braços robóticos por meio dos pés e das mãos. As pinças, mais suaves e com maior amplitude, proporcionam precisão nos movimentos dentro do paciente. A qualidade do vídeo, por sua vez, fornece riqueza de detalhes e contribui para atuação em áreas pequenas.
Para o paciente, a cirurgia robótica é ainda menos invasiva e incômoda que outros procedimentos. Realizada através de cortes abdominais ainda menores, favorece uma recuperação rápida e com menores riscos de complicações.
Como pontua o Dr. Luís Sérgio Nassif, “mesmo a cirurgia robótica, o que temos de mais novo na bariátrica, vem sendo uma contínua evolução. Existem atualmente robôs de primeira, segunda e terceira geração, que são incomparáveis com modelos de cinco anos atrás”.
O doutor ainda destaca que “a evolução da medicina será constante com a tecnologia. Acompanhar as atualizações, sempre com muito estudo e ética em prol dos pacientes, deve ser um compromisso de todos. Acho que podemos chegar a cenários inimagináveis. Assim como foi há vinte anos atrás quando iniciamos com a cirurgia bariátrica, em comparação a como ela é hoje”, conclui.
A Clínica Nassif (Diretor Técnico Médico: Dr. Luís Sérgio Nassif (CRM-PR 7.870 – RQE 11.117) é especializada em cirurgia bariátrica e no tratamento da obesidade em Curitiba. Sua equipe de especialistas capacitados trabalha em conjunto para garantir sempre os melhores resultados e uma maior qualidade de vida aos seus pacientes.
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Clínica Médica Nassif S/S
Diretor Técnico
Médico: Dr. Luís Sérgio Nassif (CRM-PR
7.870 – RQE 11.117)