Apesar da maioria dos casos ter resultados positivos, não são raros os pacientes que voltam a ter excesso de gordura corporal após a bariátrica.
Apesar da maioria dos casos ter resultados positivos, não são raros os pacientes que voltam a ter excesso de gordura corporal após a bariátrica.| Foto: Shutterstock
  • Por Clínica Nassif Diretor Técnico Médico: Dr. Luís Sérgio Nassif (CRM-PR 7.870 – RQE 11.117)
  • 17/09/2021 16:04

O procedimento da cirurgia bariátrica consiste na redução do estômago, diminuindo significativamente o excesso de peso corporal e combatendo as ações de doenças metabólicas, como diabetes e hipertensão.

Ainda que muito associada a resultados estéticos, o principal objetivo da bariátrica é conter as chances de mortalidade dos pacientes por conta da gravidade do quadro clínico intensificado pelas comorbidades.

No entanto, como toda operação, possui riscos — aos indivíduos que a cirurgia é recomendada, a não realização do procedimento é ainda mais perigosa e pode ser fatal, devido à interdependência das doenças e à tendência de agravamento delas.

Para quem a bariátrica é indicada

A cirurgia bariátrica é uma alternativa para a redução do excesso de gordura no corpo. Além de ser necessário o paciente atender a outros requisitos, é importante que diferentes tentativas clínicas tenham falhado para recomendar-se a cirurgia.

IMC do paciente: o Índice de Massa Corporal é o critério adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para indicar a condição de peso das pessoas. Resultante da razão entre peso (em quilograma) pela altura (em metro) elevada ao quadrado, tem nos resultados superiores ou iguais a 25 a classificação de sobrepeso. E a partir de 30, a obesidade.

A cirurgia bariátrica só é indicada para pacientes com IMC entre 35 e 40, considerados obesos severos, em conjunto com a associação de doenças relacionadas à obesidade, como hipertensão, diabetes e cardiopatias. Em casos de IMC superior a 40, classificado como obesidade mórbida, a relação com as demais comorbidades pode ser dispensável.

Idade: o Ministério da Saúde reduziu a idade mínima em 16 anos para a realização de cirurgia bariátrica em pacientes que correm risco de vida. No entanto, a maioria dos casos acontece entre os 18 e 65 anos.

Tempo de obesidade: a recomendação da cirurgia de redução de estômago só acontece para pacientes diagnosticados obesos há pelo menos dois anos. Isso porque leva em conta também como requisito a falha em tratamentos anteriores. Como o procedimento é alternativa para eliminação do excesso de peso, o fator tempo pode proporcionar outras vias.

Alguns pacientes submetidos à cirurgia bariátrica voltam a engordar por falta de cuidados.
Alguns pacientes submetidos à cirurgia bariátrica voltam a engordar por falta de cuidados.| Shutterstock

Falha em tratamentos anteriores: conforme mencionado, a indicação da bariátrica só acontece após a não obtenção de resultados significativos a partir de outros métodos de redução de peso, como a prática de exercícios físicos e a reeducação alimentar.

Atendendo a estes quatro requisitos, o paciente pode se candidatar à realização da cirurgia bariátrica, sendo submetido a outras análises clínicas antes da tomada de decisão médica.

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Além de objetivar principalmente a sobrevida do paciente, controlando a gravidade das doenças relacionadas à obesidade, espera-se da cirurgia bariátrica a redução de aproximadamente 30 a 40% do peso corporal ao longo dos meses do período pós-cirúrgico.

A volta do excesso de peso

Apesar da taxa de sucesso ser maioria, não são raros os casos de pacientes submetidos à bariátrica que voltam a engordar com o passar do tempo.

Isso acontece, principalmente, porque a obesidade é uma doença crônica que não tem cura, havendo elevada complexidade e múltiplas dificuldades em seu controle por meio de tratamentos.

A cirurgia bariátrica deve servir como gatilho, por proporcionar segurança em promover resultados expressivos em curto período de tempo, mas precisa ser acompanhada de mudanças drásticas na rotina e nos hábitos alimentares do paciente.

Dependendo da técnica aplicada no procedimento, é removida ou grampeada parte do estômago para diminuir seu potencial de armazenamento e, por consequência, a ingestão de alimentos. A produção de grelina, conhecida como o hormônio da fome, também é influenciada pela redução do órgão digestivo.

Além disso, como explica a nutricionista Dra. Nathalia Farinha (CRN 8 4789), “principalmente na técnica Bypass, na qual é feita restrição do volume gástrico e desvio da alça intestinal, há uma alteração hormonal muito importante. Junto da diminuição na secreção de grelina, a passagem mais rápida do alimento para o intestino estimula a produção de hormônios anorexígenos, como o Peptídeo YY, a Colecistocinina, a Leptina e o GLP1”.

Porém, a nutricionista reforça que a cirurgia bariátrica não é milagrosa, e o desempenho do paciente aliado ao trabalho da equipe multidisciplinar são fundamentais para os bons resultados.

“Ele terá menos fome por conta da grelina e a sacies será aumentada pelos hormônios anorexígenos. Contudo, quando falamos em comportamento alimentar, não é só de fome, mas também da vontade de comer. Logo, independente da alteração hormonal, é preciso estabelecer uma consciência alimentar junto ao psicólogo e de auxílio nas escolhas alimentares com o nutricionista”, comenta Dra. Nathalia.

O mal preparo do paciente e as falhas na sua análise clínica para a bariátrica também são fatores determinantes na carência de bons resultados após o procedimento, conforme explica o Dr. André Thá Nassif (CRM-PR 33849/ RQE 22159/ RQE 24920):

Acompanhamento pós-operatório é fundamental

Apesar de outras motivações também influenciarem nos maus resultados após a cirurgia bariátrica, é no último estágio do processo perioperatório que estão os maiores erros cometidos pelos pacientes.

O período do pós-operatório tardio tem papel fundamental nas conquistas com a bariátrica, principalmente na manutenção dos resultados com a suplementação necessária de nutrientes e hormônios, de acordo com o que exige cada quadro clínico.

Como pontua o Dr. Lucas Thá Nassif (CRM-PR 30994/ RQE 22133/ RQE 22134), “o paciente não pode colocar toda responsabilidade no procedimento cirúrgico, pois a bariátrica é apenas tratamento, o melhor que a medicina tem atualmente, principalmente contra a obesidade mórbida, mas não é a solução do problema”.

Dessa forma, “ele deve aproveitar os resultados e a nova condição corporal pós-cirurgia para mudar de vida, ingressando em atividades físicas e corrigindo a alimentação para se manter saudável ao longo dos anos. Antes, o excesso de peso dificultava e até mesmo impedia isso, contribuindo pela complexidade do indivíduo obeso”, destaca o Dr. Nassif.

Seguir à risca o que os profissionais indicam e manter retorno constante é a chave para ampliar os resultados obtidos com a cirurgia bariátrica na redução de peso.

Acompanhamento é prevenção.

A Clínica Nassif (Diretor Técnico Médico: Dr. Luís Sérgio Nassif (CRM-PR  7.870 – RQE 11.117) é especializada na realização de cirurgia bariátrica em Curitiba e possui equipe multidisciplinar qualificada no tratamento da obesidade.

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