Mesmo em casos assintomáticos, algumas pessoas ficaram com sequelas na pele após a Covid-19.
Mesmo em casos assintomáticos, algumas pessoas ficaram com sequelas na pele após a Covid-19.| Foto: Shutterstock
  • Por Clinica Vinhagui Dra. Davielle Vinha, especializada em Ginecologia e Obstetrícia, CRM 19778
  • 03/02/2022 16:25

Muitas pessoas curadas da Covid-19 ficaram com sequelas da doença. Além da conhecida demora para voltar o olfato e paladar de quem foi afetado durante a doença, vem crescendo o número de pessoas que se queixam de um aumento na queda de cabelo, espinhas e outras lesões na pele. A boa notícia é que há tratamento para esses problemas.

Mesmo nos casos assintomáticos ou de manifestações leves da doença, a presença de alterações cutâneas como consequência do novo coronavírus no organismo podem acontecer.

Não são todas as pessoas, mas quem já tem um histórico de problemas dermatológicos como acne ou alergia, pode ter mais predisposição ao desenvolvimento de sequelas na pele ou no cabelo após a Covid-19.

Processo inflamatório grave

A Covid-19 é um processo inflamatório grave e, por isso, exige muito da imunidade do paciente, o que pode provocar piora do quadro de outras doenças que a pessoa já tenha.

Sendo assim, pacientes com alergias, como dermatites atópicas ou alopecias, entram em crise, já que estão com o sistema imunológico baixo.

Por outro lado, algumas pessoas precisam suspender medicamentos orais utilizados para tratar problemas como queda de cabelo ou acne, para o tratamento da Covid e, com isso, têm uma piora nos quadros.

Sinais na pele

Marcas na pele como púrpura (manchas vermelhas na pele que não desaparecem quando pressionadas), necrose e lesões vasculares podem ser indicativo de infecção pela Covid-19. Isso é o que indica a revisão sistemática de estudos científicos. Como o registro de dermatologia Covid-19 nos Estados Unidos.

O estudo mostra que manifestações cutâneas podem tanto indicar a presença da doença, como também sequelas deixadas por ela. Esses sintomas aparecem em 6% a 10% dos casos.

As lesões de pele podem surgir em até quatro semanas após o início dos sintomas gerais da doença, mas, principalmente, nos primeiros 15 dias. Além disso, os quadros de manchas vermelhas e urticárias costumam ser mais precoces. Por outro lado, manifestações vasculares, como manchas roxas nas extremidades de mãos e pés, púrpura e necrose são mais tardias, aparecendo em geral após a segunda semana de infecção.

Sinais no cabelo

Apesar de não ser possível evitar, a queda de cabelo costuma ser transitória
Apesar de não ser possível evitar, a queda de cabelo costuma ser transitória| Shutterstock

Assim como acontece com outras doenças agudas intensas, a infecção pelo novo coronavírus provoca o aumento do metabolismo do corpo da pessoa para que ela consiga alcançar a cura. Dessa forma, durante esse processo, o organismo precisa desviar nutrientes para combater o problema e, por isso, cabelos e unhas ficam com poucos recursos. Como consequência, os fios caem.

Apesar de não ser possível evitar, esse problema costuma ser temporário. A queda dos cabelos costuma durar cerca de seis meses pós-infecção. Quando ultrapassa esse período, é fundamental procurar um médico.

Organismo bagunçado

A necessidade de enfrentar uma pandemia tão longa, cheia de incertezas e medos, por si só, já provoca angústia e estresse nas pessoas. E isso reflete nas condições e no funcionamento do organismo.

Dessa forma, com o acréscimo da produção do cortisol, em decorrência do estresse, ocorre o aumento da chance de desenvolver inflamações no corpo, o que explica o aparecimento excessivo de problemas como acnes e poros dilatados.

Além disso, pessoas que enfrentavam problemas de pele seca passaram a sofrer com a pele oleosa, outras ganharam muitos fios brancos, caspas e diminuição da produção de colágeno na pele.

Masckne

Além dos efeitos da inflamação vivida por quem foi infectado pelo Covid-19, houve um aumento considerável no aumento da acne até por quem não foi infectado, especialmente na região do queixo e bochechas, em decorrência do uso das máscaras faciais (necessárias para se proteger do novo coronavírus).

Isso acontece porque, com o uso desse equipamento de proteção, a região do rosto fica quente e úmida e, assim, favorece o aumento da secreção sebácea e oleosidade da pele, causando as espinhas.

Cuidando da pele e do cabelo pós-covid

Todos que tiveram a Covid-19 e ficaram com sequelas na pele e nos cabelos, devem procurar a ajuda de um médico que orientará sobre o melhor tratamento para manter sua pele e couro cabeludo mais saudáveis e existem diversas opções.

Clique e saiba mais.

Dr. Sérgio Paulo Aguilera Machado, médico (CRM 19780 PR) Especialista em clínica Médica (RQE 15257), Membro da sociedade brasileira de Laser e do colégio ibero latino americano de Dermatologia
Dr. Sérgio Paulo Aguilera Machado, médico (CRM 19780 PR) Especialista em clínica Médica (RQE 15257), Membro da sociedade brasileira de Laser e do colégio ibero latino americano de Dermatologia| Divulgação