O Marista Escolas Sociais possui 35 unidades de escolas sociais espalhadas por 27 municípios em 10 estados brasileiros
O Marista Escolas Sociais possui 35 unidades de escolas sociais espalhadas por 27 municípios em 10 estados brasileiros| Foto: Divulgação
  • Por Colégio Marista
  • 27/12/2023 11:53

A partir de 2024, os moradores da região da Vila Torres, em Curitiba, terão acesso a uma nova unidade educacional de atendimento em período integral e gratuito. Os estudantes do Marista Escola Social Eunice Benato, presente no bairro há 40 anos, passarão a ser atendidos no Marista Escola Social Esperança, um espaço amplo, localizado no prédio onde até então ficava a Escola Nossa Senhora da Esperança (Rua Aquelino Orestes Baglioli, 155).

Com a mudança, a perspectiva é atender cerca de 400 estudantes nos próximos anos, expandindo o serviço para turmas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Neste primeiro momento, serão 116 vagas para crianças de zero a 5 anos de idade. ​

Segundo dados do Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras de 2014, a Vila Torres divide com o Parolin o mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de Curitiba: 0,623. “A nova escola será a prioridade em investimentos pedagógicos do Marista Brasil nos próximos anos, e segue o planejamento do Marista Escolas Sociais de promover uma educação gratuita e de qualidade em regiões vulneráveis, sempre incentivando um olhar para além dos muros da escola, colaborando com as famílias e impactando os estudantes e seus projetos de vida”, explica Renato Darui, Diretor Regional do Marista Brasil. ​

O projeto também prevê a implantação de novas metodologias educacionais e possui a proposta de ser um espaço de vivências diferenciadas, servindo de referência para as demais unidades maristas do país. A iniciativa ocorre graças a uma parceria com as Irmãs Franciscanas Bernardinas, que eram responsáveis pela operação da Escola Nossa Senhora da Esperança.​

As Escolas Sociais do Marista exercem um importante papel nos locais onde estão inseridas, ajudando a transformar a realidade dos alunos e famílias
As Escolas Sociais do Marista exercem um importante papel nos locais onde estão inseridas, ajudando a transformar a realidade dos alunos e famílias | Divulgação

Conheça o Marista Escolas Sociais

O Marista Escolas Sociais, por meio da educação, promove a transformação social, possui 35 unidades de escolas sociais espalhadas por 27 municípios em 10 estados brasileiros, com mais de 15 mil crianças e adolescentes matriculados e com acesso à educação gratuita e de qualidade.

“As Escolas Sociais nasceram da premissa de ser presença significativa na vida de quem mais precisa, com a missão de levar educação para dentro de territórios em situação de vulnerabilidade social e atender estudantes cujas famílias se encontram em situação de pobreza e extrema pobreza”, explica Rodolfo Schneider, Coordenador de Projetos Sociais e Mobilização de Recursos do Marista.

Qual é o papel de uma escola social?

Com a missão de possibilitar acesso aos direitos básicos para o desenvolvimento comunitário por meio do trabalho em rede, as Escolas Sociais do Marista exercem um importante papel nos locais onde estão inseridas, ajudando a transformar a realidade dos alunos e famílias no que diz respeito a:

  • Família;
  • Educação;
  • Equipamentos de saúde;
  • Acesso à cidadania;
  • Acesso à cultura, esporte e lazer;
  • Acompanhamentos e assistência social;
  • Segurança.

Qual o diferencial do Marista Escolas Sociais?

  • As escolas estão localizadas em bairros com alta vulnerabilidade;
  • Os alunos recebem apoio psicológico e encaminhamentos sociais para que as famílias saibam como lidar com casos de violência doméstica e como reconstruir vínculos familiares;
  • As crianças, adolescentes e jovens recebem de 2 a 5 refeições diárias;
  • São implantados planos de proteção e defesa das crianças e adolescentes para ajudar a garantir direitos em diversas áreas, como saúde e bem-estar por meio de parceiros públicos e privados;
  • Os estudantes recebem todos os materiais didáticos gratuitamente.

Funcionamento das Escolas Sociais

De acordo com Rodolfo Schneider, as escolas sociais vão desde a Educação Básica (ensino infantil, fundamental e médio) até atividades no contraturno escolar, que transformam os espaços em um ambiente seguro e de desenvolvimento.

“O Marista Escolas Sociais acredita que as transformações sociais podem acontecer através da educação. Achamos que nossos valores e metodologia de ensino são importantes neste caminho, mas nos dedicamos, principalmente, a atuar pela formação solidária e ética dos nossos atendidos”, afirma o Coordenador de Projetos Sociais e Mobilização.

Além disso, Rodolfo acrescenta que os estudantes são incentivados a todo momento a participarem como protagonistas dentro e fora do Marista para que a educação transponha os muros das Escolas e cause impacto em toda a sociedade.

O projeto Bibliotecarte amplia os acervos de bibliotecas e democratiza o acesso à leitura para crianças e jovens socialmente vulneráveis
O projeto Bibliotecarte amplia os acervos de bibliotecas e democratiza o acesso à leitura para crianças e jovens socialmente vulneráveis | Divulgação

Quem pode estudar no Marista Escolas Sociais?

O critério para conseguir uma vaga no Marista Escolas Sociais é a menor renda familiar, que deve ser de até 1,5 salário-mínimo per capita. A forma de acesso acontece por meio de editais anuais. Quanto menor a renda, maior a chance de conseguir uma bolsa.

“Para se ter uma ideia, atualmente a renda média mensal per capita das famílias é de R$506 por mês. Porém, 54% dos atendidos estão abaixo da linha da pobreza e 17% abaixo da extrema pobreza”, explica Rodolfo.

Além disso, o coordenador afirma que, ao considerar o perfil dos pais dos estudantes do Marista Escolas Sociais, constata-se que 95% deles não têm acesso ao Ensino Superior e 48% não têm o Ensino Médio completo.

Atuação das Escolas Sociais do Marista: projetos desenvolvidos

Os alunos das Escolas Sociais do Marista enfrentam diversas dificuldades como falta de acesso à internet ou equipamentos de informática, espaços inadequados para estudar em casa, necessidade de cuidar de irmãos menores ou afazeres domésticos e a baixa escolarização dos pais, dificultando a orientação dos filhos.

Como forma de mitigar problemas sociais como esses e transformar essas realidades, o Marista desenvolve diversos projetos sociais que refletem o compromisso da instituição com a Agenda 2030 da ONU.

Parlamento Juvenil

Projeto desenvolvido em parceria com as Câmaras Municipais, em diversas cidades, onde os jovens participam de experiências importantes sobre representatividade e democracia, como processos internos de aprendizado e, quando sorteados às cadeiras na Câmara, eles vivenciam o funcionamento da Casa.

Dessa forma, os jovens têm a oportunidade de exercitar reflexões importantes sobre políticas públicas, suas formulações e outros mecanismos que compõem o Legislativo. As discussões se referem à realidade dos contextos em que vivem e outros presentes na cidade

Bibliotecarte

Com esse projeto, foram ampliados os acervos de bibliotecas nos estados de SP, PR e SC, com recursos da Lei de Incentivo à Cultura para democratizar o acesso à leitura para crianças e jovens socialmente vulneráveis.

As bibliotecas também passam a contar com uma programação cultural gratuita, que inclui momentos com escritores, contação de histórias, rodas de leitura e outras ações de estímulo à leitura.

Projeto Inclusão Digital

Por meio desse projeto, foram adquiridos 200 notebooks e modems para que os estudantes do Marista Escolas Sociais conseguissem continuar os estudos em casa durante o período da pandemia.

Projeto Horta Digital

Por meio de parcerias entre as Escolas Sociais e empresas apoiadoras, foi realizado o monitoramento de hortas das escolas sociais via aplicativo e foi ampliada a capacidade de produção em 3 dos 39 canteiros no projeto piloto, com potencial para ampliação expressiva da produção para uso da própria escola e famílias.

Projeto TVQ

Este projeto de educomunicação, que acontece nas cidades de Almirante Tamandaré (PR) e São José (SC), contribui para educar os alunos quanto ao uso consciente das mídias, produção de conteúdos educativos e como usar as mídias na educação. Com isso, o TVQ já conquistou resultados importantes:

  • Mais de 500 vídeos e episódios de podcasts produzidos;
  • Mais de 2,5 mil inscritos nos canais do YouTube;
  • Mais de 30 mil visualizações dos conteúdos;
  • Mais de 3.700 crianças e adolescentes atendidos em 10 anos.

A importância das parcerias 

O Marista Escolas Sociais conta com o apoio de investidores sociais que apoiam os projetos desenvolvidos e ajudam a impactar e transformar as vidas de crianças, adolescentes e jovens. Empresas interessadas em também fazer parte do time de apoiadores podem entrar em contato por e-mail.

Como apoiar projetos do Marista Escolas Sociais? 

Pessoas físicas e empresas podem apoiar projetos de alto impacto social por meio da destinação de parte do Imposto de Renda (IR) Um dos projetos inscritos e disponíveis para doação é o “Educação: O futuro é para todos”, que busca qualificar  a infraestrutura das escolas sociais, capacitar continuamente os professores e garantir a aquisição de novos equipamentos e materiais, permitindo que mais crianças, adolescentes e jovens em vulnerabilidade social sejam atendidos, tenham seus direitos assegurados e a possibilidade de conquistar um futuro melhor, a partir da realização de seus projetos de vida.

Os contribuintes que optam pela declaração no modo completo podem fazer a destinação de até 6% nos meses de novembro e dezembro e de até 3% no período da declaração do IR. Para mais informações, basta acessar o site: https://maristaescolassociais.org.br/

Acesso à educação de qualidade

O Marista Escolas Sociais ajudou a transformar a vida de muitos jovens, como é o caso da Ana Paula Fernandes, de 23 anos. A jovem empresária cursou os 12 anos da Educação Básica na Marista Escola Social Santa Mônica, em Ponta Grossa/PR.

Foi lá onde ela encontrou apoio e oportunidades para se desenvolver e tirar do papel seus projetos de vida. “Sem o Marista, acredito que o sonho nunca teria se tornado realidade. Sou empresária há 3 anos, trabalho na área da beleza, ensino mulheres a conquistar sua independência financeira”, afirma Ana Paula.

Outro caso é o do jovem João Pedro Félix, de 19 anos, que fez o curso técnico de Artes Circenses no Marista Escola Social Ir. Acácio, em Londrina/PR, e hoje cursa Artes Cênicas na Faculdade Estadual da cidade.

O jovem também ganhou uma bolsa no American Music And Dramatic Academy, em Nova York, e fez parte do programa Jovens Embaixadores, passando um mês nos Estados Unidos, onde estudou sobre o poder transformador das artes e o trabalho social.