A nossa casa deveria ser o espaço mais seguro e confortável que existe, atendendo a todas as nossas necessidades. Mas é na residência que 60% a 70% das quedas de pessoas acima de 60 anos ocorrem. Os dados são de pesquisas da UnB e da USP.
As mesmas pesquisas mostram que idosos caem pelo menos uma vez por ano e, dos que caem, 92% sofrem algum tipo de lesão. As cidades e ruas também não acolhem bem os idosos, onde um a cada quatro pessoas com mais de 60 anos já sofreu queda no ambiente urbano.
Isso acontece porque as casas e apartamentos não são projetados levando em conta o envelhecimento da população.
Para Ana Amélia Camarano, pesquisadora e coordenadora de Estudos e Pesquisas de Igualdade de Gênero, Raças e Gerações do IPEA, as pessoas estão chegando a idades cada vez mais avançadas e com melhores condições de saúde, autonomia e renda.
Com isso, é preciso criar moradias adaptadas às necessidades dessa faixa etária, levando em consideração a segurança física e emocional. Assim, surgiu a arquitetura amigável aos idosos, a geroarquitetura.
De acordo com a arquiteta e urbanista Flávia Ranieri, seu objetivo é enxergar o processo de envelhecimento como um todo, criando a máxima independência e autonomia do usuário. Flavia entende que, sob a ótica da “arquitetura”, quando pensada para incluir a pessoa 60+, há preconceitos e estereótipos embutidos em decisões de projetos comerciais e residenciais a todo momento.
“A resolução começa pela compreensão de que o público maduro é diverso e complexo. Nem todos os longevos são iguais. Nem todas as soluções servem para todos. É necessário, acima de tudo, entender que as pessoas envelhecem de formas diferentes”, conta a arquiteta. Para ela, a geroarquitetura é flexível e dinâmica como a vida, aceita e prevê mudanças tanto graduais como repentinas.
Antonio Manoel Nunes, doutor em meio ambiente e desenvolvimento pela Universidade Federal do Paraná, afirma que na geroarquitetura são necessárias novas posturas projetuais, e o dimensionamento de todos os espaços segundo normas específicas, prevendo igualmente que os usuários poderão utilizar cadeiras de rodas, muletas, bengalas ou andadores.
A definição está no artigo “por uma geroarquitetura: a inclusão dos idosos no processo projetual”.
“Entendemos que projetar para uma pessoa de 60 anos é muito diferente de projetar para uma pessoa de 80. Cada etapa tem sua especificidade. Projetamos para uma realidade de hoje, porém, com os olhos atentos à realidade do futuro”, explica Flavia, que é autoridade no assunto.
Características
Flavia aponta que os novos empreendimentos do mercado imobiliário devem associar funcionalidade e design, com foco na autonomia.
Para essas construções, existem normas de acessibilidade (NBR 9050), de desempenho de edificações (NBR 15575), além de normas específicas de cada município. Algumas questões são unânimes para todos os idosos, de acordo com ela:
- Iluminação uniforme sem áreas de sombra;
- Iluminação de reforço nas áreas de trabalho como bancadas de cozinha e banheiros;
- Piso nivelado, uniforme, fosco e antiderrapante;
- Manter as circulações de forma que seja possível passar uma pessoa com cadeira de rodas ou duas em pé, uma ao lado da outra;
- Barras de apoio em locais estratégicos como banheiros e circulações;
- Áreas de descanso quando houver grandes distâncias a serem percorridas;
- Manter as circulações livres de obstáculos como fios soltos, brinquedos, móveis e objetos baixos;
- Evitar o uso de tapetes;
- Mobiliário e armários em alturas adequadas.
Sobre o BIOOS
Lançado em agosto pela Construtora Laguna, o BIOOS é um passo rumo ao futuro. Em um único terreno, serão duas torres que se complementam para oferecer qualidade de vida e saúde numa localização privilegiada.
A torre BIOOS HEALTH será destinada principalmente à saúde, com consultórios médicos e espaços comerciais. O mesmo projeto deve receber também um Centro de Diagnóstico por Imagem e o Hospital-dia – ambiente para realização de procedimentos de baixa complexidade, entre clínicos, cirúrgicos e terapêuticos.
Ao lado, estará a torre BIOOS HOME, com apartamentos para o público 60+ que atendem a diversos tipos de necessidade, incluindo assistência básica de saúde, atendimento pay per use de medicina e serviços para facilitar a rotina dos moradores, como limpeza e organização das unidades e uma rotina de atividades de lazer. Tudo isso cercado pela natureza, design e a qualidade Laguna.
