Planejar a realização do sonho da casa própria requer cuidado e atenção aos detalhes, e um dos aspectos fundamentais desse planejamento é conhecer mais sobre a taxa de financiamento imobiliário.
Afinal, o percentual de juros que incidirá sobre o crédito pode fazer toda a diferença na sua capacidade de arcar com um compromisso que pode durar até 35 anos.
Neste artigo, vamos explorar tudo o que você precisa saber sobre a taxa de financiamento imobiliário para a aquisição do seu imóvel.
Além disso, apresentaremos o valor dos juros cobrados pelos principais bancos do Brasil, permitindo que você tome decisões financeiras mais informadas e seguras ao embarcar nessa jornada rumo à conquista da sua casa própria. Acompanhe o conteúdo!
Como saber qual banco tem a menor taxa de juros para financiamento imobiliário?
Os bancos estabelecem uma taxa média de juros para cada produto de financiamento imobiliário. No entanto, é importante ressaltar que a taxa específica para cada cliente pode variar.
Para obter uma taxa precisa, é necessário realizar simulações em cada banco e, em seguida, comparar as condições oferecidas. Embora isso demande um pouco de tempo e pesquisa, é a maneira mais eficaz de encontrar a opção mais adequada às suas necessidades.
Caso você queira ter uma noção inicial, o Banco Central é uma fonte confiável para consultar as taxas médias de juros praticadas no mercado. Isso pode lhe proporcionar uma ideia geral das condições oferecidas pelos bancos antes de iniciar as simulações.
Além disso, com o aumento da taxa Selic, as taxas de financiamento imobiliário ao ano (a.a.) dos principais bancos brasileiros também sofreram reajustes significativos. Confira alguns levantamentos do Banco Central:
A Caixa Econômica Federal, líder no segmento de crédito imobiliário, foi uma das últimas a fazer o ajuste em suas taxas, mas ainda assim suas taxas aumentaram duas vezes em 2021, chegando a 8,99%. Mesmo com esses reajustes, ainda é a menor taxa de financiamento imobiliário entre os grandes bancos.
Em dezembro de 2021, nenhuma das grandes instituições financeiras deixou de reajustar seus percentuais, acompanhando a alta da taxa Selic. O Itaú Unibanco aumentou sua taxa mínima para 9,10% ao ano + TR (taxa referencial) e, em junho, outro reajuste elevou a taxa para 9,50%.
Já o Banco do Brasil atualizou suas taxas de 7,95% para 9,15% ao ano + TR e depois para 9,39%, também em dezembro de 2021.
No Bradesco, a taxa mínima que antes era de 8,50% subiu para 9,50% ao ano no mesmo mês.
O Santander, por sua vez, aumentou sua taxa para 9,99% em dezembro, ficando acima de seus concorrentes. No entanto, em junho de 2022, a instituição voltou atrás e corrigiu o valor para 9,49%.
Quais os tipos de financiamento imobiliário?
O financiamento imobiliário pode ser realizado por meio de instituições financeiras, como bancos ou diretamente com a construtora. As modalidades de financiamento mais comuns são o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).
O SFH foi criado em 1964 com o objetivo de diminuir o déficit habitacional no país. É uma das opções mais utilizadas, com juros limitados a 12% ao ano.
Para se enquadrar no SFH, o imóvel precisa atender algumas condições, como ter um valor máximo de R$1,5 milhão, ser residencial, estar localizado em perímetro urbano e na mesma cidade em que o comprador mora ou trabalha há pelo menos um ano. Pode ser um imóvel novo ou já construído.
Nessa modalidade, é possível financiar até 80% do valor do imóvel, com prazo máximo de 35 anos. O interessado não pode ter restrições nos cadastros de crédito nem junto à Receita Federal.
Já o SFI também foi criado pelo governo federal e possui regras mais abrangentes. Ele inclui quase todos os tipos de imóveis, mas tem juros mais altos em comparação ao SFH.
No entanto, oferece mais liberdade para negociações entre o cliente e a instituição financiadora. Pessoas jurídicas também podem se beneficiar desse tipo de financiamento, e o imóvel pode ser tanto residencial, quanto comercial, seja em zona rural ou urbana.
Uma vantagem importante é que desde agosto de 2021, o saldo do FGTS pode ser utilizado nesse tipo de financiamento para quitar ou amortizar prestações do imóvel.
O prazo de quitação pode chegar a 35 anos, e não há um valor máximo do imóvel como condição para o contrato de financiamento.
Com essas opções disponíveis, é importante analisar cuidadosamente as condições de cada modalidade e escolher aquela que melhor se encaixa nas suas necessidades e possibilidades financeiras.
Outras dicas para a hora de comprar um imóvel
Outros três fatores fundamentais impactam diretamente o financiamento imobiliário: o índice de correção, o sistema de amortização e o prazo escolhido. Compreender esses conceitos é essencial para comparar e encontrar o melhor contrato, pois cada escolha pode influenciar o valor final do financiamento.
TR ou IPCA?
A Taxa Referencial (TR) é utilizada para calcular rendimentos em investimentos e como base para juros. Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é a medida oficial da inflação.
Contratos corrigidos pela TR oferecem previsibilidade nas parcelas, pois elas permanecem quase iguais durante todo o contrato, sem serem afetadas pela inflação geral.
Em contratos corrigidos pelo IPCA, a taxa de juros costuma ser mais baixa, mas as parcelas podem variar de acordo com as mudanças nos juros e no mercado.
PRICE ou SAC?
A escolha entre a tabela Price e a tabela SAC afeta a forma e rapidez de amortização da dívida. Na SAC, as prestações são mais altas no início e diminuem ao longo do tempo, devido à amortização mensal do valor financiado.
Já na tabela Price, as parcelas começam mais baixas e permanecem fixas durante todo o período de financiamento.
Prazo
O prazo também influencia diretamente o custo do financiamento. Quanto mais longo o contrato, mais juros e encargos serão pagos, tornando o imóvel mais caro ao final do pagamento das parcelas.
Contudo, muitas pessoas optam por um prazo mais longo para ter parcelas menores e a possibilidade de amortizar várias parcelas anualmente, reduzindo o prazo e o valor final do financiamento.
O uso do FGTS a cada dois anos é uma opção para fazer essa amortização e acelerar o pagamento da dívida.
Como fazer uma simulação de financiamento imobiliário
Realizar uma simulação de financiamento imobiliário é simples e pode ser feito através do site das instituições financeiras, como Bradesco, Caixa, Itaú e Santander. Basta preencher as informações solicitadas, e todas as opções serão apresentadas.
Outra alternativa é ir pessoalmente a uma agência bancária e conversar com o gerente para fazer a simulação.
Vale a pena financiar um imóvel?
Sim, e existem várias vantagens nessa escolha! O financiamento permite que você adquira o imóvel dos seus sonhos mesmo sem ter todo o valor disponível de uma só vez.
Além disso, você pode aproveitar as taxas de juros mais baixas do mercado e prazos de pagamento mais longos, tornando as parcelas mais acessíveis.
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