Novos tratamentos para enxaqueca podem mudar a vida de quem sofre com dores
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  • Por Dr Gustavo Franklin Dr. Gustavo Franklin | CRM-PR 34297 / RQE 23111
  • 08/01/2020 18:21

Um novo medicamento e o primeiro desenvolvido especificamente para o tratamento de enxaqueca foi liberado recentemente pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A notícia é extremamente positiva, já que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, a enxaqueca é considerada uma das doenças mais incapacitantes do mundo e acomete atualmente cerca de 15% da população mundial.

O médico neurologista Gustavo Franklin afirma que o momento atual é promissor para pacientes que sofrem dessa doença. “Com certeza estamos presenciando um momento único no tratamento de enxaqueca”, diz.

O novo medicamento, já autorizado pela Anvisa, chama-se Erenumab, do laboratório Novartis. “Esse medicamento é da classe dos anticorpos monoclonais. Eles agem combatendo diretamente as substâncias que causam a enxaqueca, chamadas CGRP. Assim, atuam na origem da dor”, explica o especialista. Segundo ele, além desse, outras medicações com mecanismos de ação semelhantes também estão para chegar em 2020.

Outras alternativas

Os novos medicamentos são promissores, mas podem ainda não ser os mais acessíveis. Já existem, no entanto, outras alternativas para tratar a enxaqueca, que são capazes de reduzir a incapacidade gerada pela dor de forma significativa. “Além de medicamentos de baixo custo e de uso via oral, que ajudam a controlar a cefaleia, a toxina botulínica é um dos tratamentos mais recomendados atualmente”, comenta Franklin.

“A toxina botulínica, cuja marca mais popular é o Botox®, é uma substância que age inibindo a liberação de neurotransmissores envolvidos na dor, o que diminui ou interrompe completamente as dores”. O especialista explica que esse tratamento pode ser realizado em qualquer paciente que sofra de enxaqueca, independente de já ter tentado outras alternativas. “A eficácia, como qualquer tratamento, pode ser variável e a dose pode ser ajustada para obter o efeito desejado”, afirma.

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O interessante da toxina botulínica talvez seja a comodidade do tratamento, uma vez que o efeito tende a durar vários meses. “A toxina botulínica começa a fazer efeito entre 5 e 15 dias após a aplicação e tem duração média de 3 a 4 meses. Por isso, deve ser reaplicada após esse período, a partir de uma reavaliação da sua eficácia e ajuste da dose se necessário”.

Independentemente da forma de tratamento, é importante ter em mente que hoje há várias alternativas de tratamento, assim um neurologista deve ser avaliado o mais rapidamente possível para que os procedimentos sejam bem planejado.

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