Frente ao recente diagnóstico de uma doença incurável, o paciente pode ficar desnorteado. Entender que a Doença de Parkinson não é só tremer e que possui complexidades e uma evolução característica dá ao paciente e ao familiar, as ferramentas necessárias para um tratamento efetivo.
Inicialmente, é fundamental saber que o diagnóstico foi feito de forma adequada, o que somente pode se dar através de um médico capacitado, em geral, um neurologista. O diagnóstico ocorre por meio da observação dos sinais característicos da doença, avaliados por manobras simples e o exame da marcha durante o exame físico, diretamente no consultório. Quase sempre os exames de imagem como ressonância magnética ou tomografia de crânio não são úteis e não precisam
Tendo o diagnóstico firmado por um neurologista é importante saber como é feito o tratamento e como a doença pode evoluir, para compreender os sintomas e ter certeza de que está recebendo o devido cuidado pelo médico assistente.
Devemos lembrar que a Doença de Parkinson não tem só tremor. Pelo contrário, existem pessoas com Parkinson que não tem qualquer tremor. Assim, deve-se entender toda a complexidade de sintomas relacionados à doença.
Os sintomas motores (que envolve o movimento voluntário dos membros), se manifestam principalmente através da lentidão do movimento, a qual chamamos de bradicinesia. Os pacientes começam a se movimentar de forma mais lenta e vagarosa, o andar fica mais devagar e até a voz pode ficar mais baixa. O tremor é comum, de fato, mas ele ocorre em geral, quando o indivíduo está parado e relaxado, e tende a diminuir quando se movimento o membro.
Outros sintomas quase sempre vão existir em conjunto. Desde sintomas simples, como um intestino mais preso (constipação), transtornos de ansiedade, distúrbios de sono, tonturas e quedas. Frequentemente esses sintomas são mais incômodos que o próprio tremor.
Em algum momento da doença, o paciente pode apresentar também dores em membros, alterações no comportamento e esquecimentos.
Com a evolução da doença pode ocorrer dificuldade para se alimentar (disfagia), com engasgos frequentes, e infecções como pneumonias, infecções do trato urinário e aparecimento de úlceras (machucados no corpo), que podem ser grandes problemas nos estágios mais avançados da doença.
Atualmente, há muitos medicamentos que, juntamente com uma abordagem multidisciplinar fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, nutrição, psicologia, são capazes de levar o paciente portador de Parkinson a ter uma adequada qualidade de vida e um tratamento eficaz.
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