A região lombar é a área que recebe maior carga da parte superior do tronco e, por isso, está mais sensível a sofrer lesões.
A região lombar é a área que recebe maior carga da parte superior do tronco e, por isso, está mais sensível a sofrer lesões.| Foto: Shutterstock
  • Por Dr Jonas Lenzi - CRM-PR 23612 | RQE 1812
  • 02/12/2021 11:34

Sabe aquela dor insuportável na parte inferior da coluna vertebral? Muitas pessoas convivem com ela e, se este é seu caso, saiba que você tem lombalgia, a conhecida dor na lombar.

Este problema, que geralmente é causado por lesão em um músculo, é cada vez mais comum entre homens e mulheres de todas as idades.

Por isso, a dor lombar é um dos assuntos mais estudados na área da saúde em todo o mundo, segundo dados do Colégio Americano de Médicos (American College of Physicians – ACP), instituição dos Estados Unidos.

De acordo com o Dr. Jonas Lenzi, ortopedista e especialista em cirurgia da coluna (CRM-PR 23612, RQE 1812), a dor na região lombar é uma das principais causas de deficiência.

“Estudos apontam que cerca de 40% das pessoas com lombalgia se recuperam em seis semanas. No entanto, 48% ainda apresentam dor e incapacidade após três meses e destes quase 30% não se recuperam em 12 meses”, explica o médico.

O que é a dor lombar?

Localizada no final da coluna, a região lombar é a área que recebe maior carga da parte superior do tronco e, por isso, está mais sensível a sofrer lesões e traumas decorrentes de atividades do dia a dia.

É aquela sensação de desconforto na região que vai da parte final das costelas até os glúteos.

Mesmo começando de forma leve, se não tratada, a dor tem tudo para se agravar, caso a sobrecarga da área continue, assim como também as complicações. Então, não subestime o problema.

Além disso, a lombalgia pode ser o ponto de partida para diagnosticar outras patologias. Por isso, é indicado procurar ajuda médica.

Principais causas

Se você sofre com dores na região lombar, saiba que a causa delas depende da sua rotina, como também da sua condição física para o desempenho das atividades do dia a dia.

Isso porque os motivos comuns envolvem levantamento de peso de forma inadequada, obesidade, doenças reumáticas, sedentarismo, envelhecimento e até mesmo fatores emocionais, além da má postura para deitar, sentar ou para se exercitar.

Conheça os tratamentos para dor lombar aguda.

Quais os sintomas?

A dor é o sinal primário da lombalgia e a sensação de desconforto pode acontecer na região lombar e em áreas distantes, como pernas e pescoço (depende da causa).

Sendo assim , o paciente pode sentir alguns dos seguintes sintomas:

  • Dor na região das costas;
  • Dor na região das pernas;
  • Dor na região das panturrilhas;
  • Dor no meio das costas, que pode descer para a parte de trás da coxa;
  • Dor nas costas após algum movimento de dobrar o corpo para frente;
  • Incômodo nos glúteos, geralmente em um dos lados;
  • Queimação na região das pernas;
  • Incômodo nas costas após algum tempo de pé;
  • Sensação de peso nas pernas;
  • Dificuldade para fazer longas caminhadas;
  • Dificuldade para caminhadas curtas, precisando parar e sentar-se;
  • Antecedentes de lesões mecânicas ou histórico de traumas (com ou sem fratura) ocasionam a dor lombar;
  • Antecedentes de fatores psicológicos e laborais estressantes.

Classificação da dor lombar

As dores lombares são divididas em aguda, crônica e recorrente, de acordo com a duração dos sintomas. Isso porque elas podem durar poucos dias ou até mesmo meses.

  • Aguda: inferior a 3 meses, sendo mais comum durar menos de 2 semanas;
  • Crônica: superior a 3 meses;
  • Recorrente: é inferior a 3 meses, mas retorna após um período sem dor.

Seja qual for o tempo de desconforto, é necessário a avaliação realizada por um especialista para que, assim, o diagnóstico e o tratamento sejam individualizados.

Tratamento adequado

Independente do tempo de duração da dor, o indicado é procurar um médico especialista para avaliar a gravidade da lombalgia e, assim, iniciar o tratamento mais adequado.

Alguns cuidados são importantes para prevenir ou amenizar os efeitos, como dormir em um colchão com densidade adequada, evitar carregar excesso de peso, realizar atividade física com acompanhamento profissional, sentar corretamente, entre outras atitudes.

Mesmo assim, o acompanhamento de um médico é importante, sobretudo porque a dor lombar é também um dos principais motivos de ausência no trabalho.

"Um problema chave no tratamento é o número de pessoas que desenvolvem lombalgia crônica após um episódio de dor aguda. O cuidado adequado precoce pode reduzir essa transição", alerta o Dr. Jonas Lenzi.

O ortopedista reforça a necessidade de adotar uma abordagem mais abrangente por todos os especialistas e, dessa forma, considerar o todo.

"Esse é um modelo de cuidado que tem como objetivo principal reduzir a dor e a incapacidade associada à dor lombar aguda", explica.

Dr. Jonas Lenzi, ortopedista e especialista em cirurgia da coluna, CRM-PR 23612, RQE 1812.

Agende sua consulta com Dr. Jonas Lenzi e resolva seu problema de dor lombar.