Sabe-se que é muito difícil expressar ou definir a dor. Não há medida, não há palavras - a dor é única para quem sente. Por isso, pessoas que sofrem com dores crônicas na coluna, normalmente, usam algumas metáforas para representarem o que sentem.
Ao perceber que o paciente se expressa melhor por metáforas e analogias, o ortopedista especialista em coluna e intervenção em dor do Pilar Hospital, Dr Jonas Lenzi, começou a explicar a dor da mesma forma. “De um modo geral, as pessoas compreendem conceitos mais difíceis através de histórias e contextos. Portanto, notei que os pacientes para quem eu explicava os mecanismos complicados da dor, por meio de comparações, melhoravam mais rapidamente”, explica.
Uma das metáforas mais utilizadas pelo Dr Lenzi é a música. A ideia surgiu quando lhe foi solicitada uma aula em um curso de neuromodulação invasiva, onde na plateia havia muitos cirurgiões experientes.
Na visão do Dr Lenzi, a vida seria como uma grande peça musical, onde os pacientes normalmente vivem em harmonia. Porém, alguns problemas ou doenças podem atrapalhar a orquestra e um ruído desagradável se ouve – a dor. Assim, aqueles profissionais que compunham a plateia seriam considerados maestros que têm a missão de restaurar o ritmo e a sincronia dos elementos que tornam a vida agradável novamente.
Sua conclusão foi que pouco adiantava aqueles maestros seguirem uma rígida partitura se o cenário completo não fosse compreendido. Na música, um prelúdio é uma composição que serve como introdução para outra mais consistente. O prelúdio faz parte da peça musical. Para os profissionais de saúde, tocar o prelúdio é entender todo o contexto que se relaciona com a dor dos pacientes. Por sua vez, para os pacientes, o prelúdio seria entender que o controle da dor depende de muitos fatores, assim como a música depende de timbre, intensidade, harmonia, melodia e muitos outros.
Assista à aula completa do dr. Jonas Lenzi sobre Prelúdio na Dor.
O primeiro passo para o tratamento da dor crônica na coluna
A falta de palavras e medidas que expressem a dor dificulta o tratamento. Segundo Dr Jonas Lenzi, para que uma pessoa melhore da dor que sente, deve primeiramenteentender o que é a dor para se tornar mais resiliente. “As estratégias mais promissoras para o controle da dor crônica de coluna envolvem de alguma forma a psicoeducação, como na Educação em Neurociência da Dor, Terapia Cognitiva Funcional e Terapia Cognitiva Comportamental”, comenta.
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Outro ponto fundamental levantado pelo especialista é o papel significativo do paciente no processo de tratamento. “É importante que o paciente assuma o protagonismo de seu tratamento. Isso é mais fácil quando se compreende o que está acontecendo. Assim como na música, o sucesso do espetáculo depende do esforço repetitivo de todos”, completa Dr. Jonas.
Nessa linha, o tratamento da dor crônica é como abafar um ruído que traz desconforto. Assim como a beleza da música depende do maestro e dos instrumentistas, o controle da dor depende do paciente e do profissional da saúde. Por isso, pacientes que compreendem que apenas um solo de violino ou piano não são suficientes para restabelecer a harmonia aderem mais facilmente aos tratamentos interdisciplinares. Esses pacientes costumam sofrer menos.
Este primeiro passo é fundamental para o sucesso da recuperação e, por isso, é necessário o acompanhamento profissional de qualidade. No Pilar Hospital, o paciente tem a oportunidade de realizar consultas e procedimentos especializados para prevenir e tratar a dor.