Você já ouviu falar no GBS ou estreptococo do grupo B? Essa bactéria está presente no trato gastrointestinal, urinário e na vagina e costuma ser inofensiva à mulher, mas em alguns casos raros, ela pode trazer complicações.
Isso acontece porque a bactéria cria uma colônia na vagina e, assim, pode provocar complicações durante a gestação e também na hora do parto, com o risco, inclusive, de passar da mãe para o filho.
Quando essa transmissão acontece, ocorre uma infecção nos recém-nascidos algumas horas após o nascimento.
O que pode acontecer com o bebê se ele contrair a bactéria?
Quando a criança contrai a bactéria, ela pode desenvolver uma infecção conhecida como sepse neonatal precoce, capaz de afetar o sangue e provocar diversas complicações, como a meningite e a pneumonia.
No caso dos recém-nascidos prematuros o perigo é ainda maior, podendo levar à morte em situações mais extremas.
Mas afinal, como a grávida consegue se prevenir e evitar complicações para a criança?
O que é o exame GBS?
Realizado a partir da 35ª semana de gestação, o exame GBS é feito através de uma coleta usando um swab. Dessa forma, é passado um cotonete na entrada da vulva e próximo a região anal.
Após a coleta, os swabs são enviados para análise em um laboratório. Através dele é possível detectar a presença da bactéria estreptococo e a sua quantidade.
E quando o resultado do GBS é positivo?
Se o exame realizado no último trimestre da gravidez verificar a existência da bactéria estreptococos do grupo B, após o início do trabalho de parto ou do rompimento da bolsa, a obstetra deverá administrar o antibiótico direto na veia.
A paciente precisará receber a medicação até o nascimento do bebê e, com isso, diminuir o risco de infecção nos recém-nascidos no momento do parto (principalmente nos prematuros).
É possível iniciar o tratamento antes do parto?
Não é indicado, já que essa é uma bactéria normalmente encontrada no organismo e, com o tratamento antecipado, corre o risco dela voltar a crescer, representando um risco para a criança.
Todas as grávidas devem fazer o GBS?
Existem dois protocolos mundialmente aceitos em relação à realização do exame do cotonete. Um deles fala em realizar a triagem para GBS em todas as gestantes e tratar as que forem positivo para a bactéria e outro adota alguns critérios específicos para que seja realizado antibiótico durante o parto sem fazer o exame no pré natal
Os protocolos que não indicam a realização do exame se baseiam em estudos que não mostraram redução na mortalidade de bebês por sepse mesmo quando as pacientes foram triadas. Isso quer dizer que quando se compara os grupos que fizeram o exame durante o pré natal com antibiótico aqueles que não fizeram o número de casos de sepse foi o mesmo
No Brasil, o Ministério da Saúde, não indica a realização do exame durante o pré natal.
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Legenda: Dra Midiã Vergara Bandeira. Crédito: Gabi Maistrovics.
Dra. Midiã Vergara Bandeira - Ginecologia | Obstetrícia
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