Mesmo antes do boom das redes sociais, o Brasil já se destacava como um dos líderes na demanda por cirurgias plásticas.
A internet e suas plataformas digitais, como o Facebook e o Instagram, popularizaram ainda mais os procedimentos estéticos. Só que dessa vez, de forma muito veloz e com um alcance muito maior.
Se as gerações anteriores viam as suas fotografias apenas alguns dias depois, quando reveladas, hoje, os nativos digitais são expostos à sua própria imagem milhares de vezes, de forma instantânea.
Uma pesquisa realizada pelo App Annie (empresa que analisa o mercado mobile) revelou que os brasileiros passam em média 5,4 horas diárias acessando conteúdos de aplicativos em seus smartphones, o que coloca o país no topo do ranking mundial.
Ou seja, durante esse tempo as pessoas estão consumindo todo tipo de conteúdo, inclusive promovendo a própria imagem, analisando a imagem de outras pessoas e se comparando.
Nunca se olharam tanto
As pessoas nunca ficaram tão expostas à própria imagem como no universo das redes sociais.
Com isso, entre uma selfie e outra, coloca um filtro aqui, edita uma foto ali, os usuários das redes passam a se apresentar, cada vez mais, através de suas versões digitalmente “melhoradas”.
De acordo com a cirurgiã plástica Dra. Viviane Teixeira, CRM/PR 18905 - RQE 16060 - RQE 16061, a partir daí, essas pessoas começam a se comparar com versões também editadas de outras pessoas e, assim, exigir para sua “vida real” os filtros de sua “vida digital”.
O poder das selfies
Uma pesquisa realizada pela Academia Americana de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva Facial (AAFPRS), em 2020, revelou um aumento significativo na busca por cirurgias plásticas faciais.
A academia atribuiu isso a "um maior tempo gasto em dispositivos digitais e um estilo de vida virtual sem precedentes", por conta da pandemia da Covid-19.
Com isso, esse aumento se justifica na necessidade de aparecer melhor nas selfies e, assim, replicar para a vida real os efeitos dos filtros.
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A influência dos filtros
Muitas pessoas chegam ao consultório do cirurgião com o desejo de reproduzir em seus rostos os efeitos dos filtros do Instagram.
De acordo com a AAFPRS, só em 2019, 55% dos cirurgiões que participaram da pesquisa afirmaram já ter atendido pacientes que solicitaram procedimentos para melhorar a sua aparência em selfies.
Dra. Viviane Teixeira destaca que, se antes as pessoas chegavam ao consultório com a foto de uma celebridade como referência de beleza, hoje elas indicam qual filtro querem reproduzir em seus rostos.
Os filtros melhoram as proporções faciais e, assim, deixam as pessoas com um padrão de beleza “ideal”. Mas será que é possível deixar o rosto de alguém exatamente igual ao efeito digital?
Dra Viviane destaca que Anatomia não pode ser modificada em sua totalidade como o fazem filtros e apps de edição de fotos e que é na tentativa dessas mudanças que a “desestruturação” ocorre e a produção de faces totalmente anti naturais e longe de serem belas de verdade.
É preciso respeitar os limites
O resultado de uma cirurgia plástica é capaz de influenciar de forma positiva a autoestima de alguém, é verdade, mas é preciso entender que existe um limite.
Segundo Dra. Viviane, alguns pacientes chegam ao consultório do cirurgião com queixas irreais e, nesses casos, cabe à cirurgiã esclarecer que a beleza já está ali, que é possível melhorias sim mas com parcimônia.
Podem começar com um primeiro procedimento para corrigir o que mais incomoda. Com o sucesso do resultado e a influência positiva para a autoestima, esses pacientes desejam uma segunda ou terceira intervenção cirúrgica para ter a mesma sensação de satisfação. Respeitar o limite e buscar ser quem se é melhorado, e não ser “transformado” em outra pessoa, é o ideal.
Dra. Viviane Teixeira destaca que a beleza é algo subjetivo e, sendo assim, é necessário respeitar as características físicas de cada pessoa e a harmonia dos seus traços.
Exatamente por isso, não tem como sair replicando o mesmo “padrão de beleza” em diferentes pessoas, como se fosse a produção de uma fábrica.
Por isso, a Cirurgiã Plástica reforça que é importante estar em consulta para tirar todas as dúvidas, em uma conversa franca, realista, esclarecedora, e verdadeira sobre as possibilidades anatômicas e relativas a técnicas, sobre os prós e contras das possíveis técnicas a serem adotadas em cada caso a fim de evitar complicações futuras.
“Sou uma Cirurgiã Plástica realista e gosto de tratar meus pacientes informando-os sobre a realidade. Vivemos a “internet e mídias sociais dos resultados imediatos” mas Resultados não são somente os imediatos, eles evoluem para o médio e longo prazo e gosto de conversar e mostrar tudo aos meus pacientes, ou seja, a vida real de um pós operatório.” Dra Viviane Teixeira.
Dra. Viviane Teixeira, cirurgiã plástica CRM/PR 18905 - RQE 16060 - RQE 16061. É também membro da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica).
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