Uma iniciativa pioneira no Brasil será aplicada na implantação do Sistema de Transmissão Gralha Azul, da ENGIE Brasil Energia, que está sendo desenvolvido no estado do Paraná. Com o uso de tecnologia de última geração, será possível realizar, em larga escala, o lançamento dos cabos das linhas de transmissão com o uso de drones. O principal objetivo desta ação é voltado à preservação da mata nativa, contribuindo significativamente para a redução da supressão de vegetação e, por consequência, beneficiando os demais aspectos ambientais atrelados à essa atividade, como a manutenção do habitat da fauna, minimização da exposição do solo à processos erosivos, entre outros.
“Todo o projeto foi pensado de forma a evitar ao máximo o impacto em áreas ambientalmente protegidas e preservadas. Embora a supressão projetada hoje represente apenas 4% da área abrangida pelos 1000 km de linhas de transmissão em construção, buscamos adicionalmente uma forma de reduzir esta supressão e os impactos decorrentes dela. Com a utilização dos drones estamos prevendo é prevista uma redução de 50% desse valor”, comenta o diretor de implantação, Márcio Daian Neves.
O cuidado com o meio ambiente é um compromisso do ST Gralha Azul desde a sua concepção. As Linhas de Transmissão foram projetadas de forma a desviar de Unidades de Conservação de Proteção Integral, Reservas Particulares do Patrimônio Natural, comunidades quilombolas, indígenas e tradicionais, núcleos turísticos e demais áreas sensíveis. “Além disso, cerca de 70% do empreendimento se encontra em áreas antropizadas, ou seja, de pastagens e áreas de culturas, e os acessos às torres foram projetados para coincidir com os acessos internos das propriedades interceptadas, evitando-se, sempre que possível, a intervenção em áreas de vegetação”, explica o diretor.
Esses cuidados foram ampliados com a utilização de torres com um tamanho maior. “Torres mais altas diminuem a necessidade de supressão vegetal entre os vãos, além disso, conseguimos um maior espaçamento entre elas o que contribui também para melhorar o visual paisagístico das localidades interceptadas pelas linhas de transmissão”, destaca. Além disso, cerca de 95% das áreas fundiárias - propriedades particulares - já foram liberadas e os proprietários devidamente indenizados pelo uso da faixa de servidão por onde passam as linhas. “Tivemos um intenso e positivo diálogo com todos os proprietários que, em sua ampla maioria, compreenderam a importância do projeto não só para o Paraná, mas também para o país resultando em um grande número de negociações amigáveis. Entretanto, temos ainda um pequeno grupo que se opõem às obras devido a interesses particulares. Nós acreditamos que a energia é para todos, e que não podemos ceder a interesses privados em detrimento do interesse público”, comenta.
Depois de intensos estudos ambientais e técnicos, além da realização de audiências públicas, conversas e reuniões com as comunidades e com os 27 municípios interceptados pelas obras, é que foram concedidas ao ST Gralha Azul todas as licenças ambientais para a construção das Linhas de Transmissão e Subestações de energia pelos órgãos competentes. “O respeito ao meio ambiente está entre os compromissos fundamentais da ENGIE e refletido em suas políticas e práticas em todos os seus projetos, como o Gralha Azul. Nunca iniciamos, em todos os 20 anos de história da companhia, um projeto sem estar devidamente licenciado, ao mesmo tempo, buscamos adotar métodos e técnicas para reduzir, controlar e compensar os impactos sobre recursos naturais, muito acima do previsto nas leis ambientais. A maturidade do nosso traçado aliada ao uso de técnicas pioneiras como o alteamento das torres e o uso de drones para minimizar a supressão comprovam isto. Em linha com este compromisso, também acordamos com o Instituto de Água e Terra compensações ambientais adicionais que vão além do exigido por lei”, ressalta Daian Neves.
Responsabilidade socioambiental
A implantação do projeto é acompanhada do desenvolvimento de diversos programas socioambientais, entre os quais estão o monitoramento de fauna, resgate de sementes, reposição florestal, resgate e monitoramento arqueológico, gestão ambiental, recuperação de áreas degradadas, educação socioambiental e comunicação social, entre outros.
O ST Gralha Azul também está desenvolvendo uma parceria com a Embrapa Florestas para realizar projetos com foco na preservação da vegetação nativa, especialmente araucárias, envolvendo o fortalecimento de um banco de germoplasma (sementes) e a criação de uma rede de referência no tema, envolvendo famílias de produtores rurais. Além disso, somando as iniciativas desenvolvidas pela ENGIE em diversos estados, cerca de 400 mil mudas de espécies nativas foram plantadas ou doadas somente no último ano. Só no Paraná foram cerca de 50 mil. “Essa ação reitera o nosso compromisso com a conservação da biodiversidade, refletido nas diversas iniciativas ambientais que a empresa desenvolve nas diferentes regiões onde atua, entre elas o Paraná”, destaca Neves.
O Sistema de Transmissão Gralha Azul trará impactos positivos à economia do Paraná, por meio do suprimento de energia e da geração de oportunidades de emprego nas áreas de construção civil, montagem eletromecânica, saúde e segurança do trabalho, ambiental e do terceiro setor. Ao todo, ao longo da implantação, serão cerca de 5 mil postos de trabalho criados, entre diretos e indiretos.
Além da área ambiental, estão sendo desenvolvidas ações sociais de caráter voluntário no Estado. Uma dessas ações é o apoio aos municípios no combate à pandemia de Covid-19, realizado por meio de doações, a hospitais e secretarias de saúde, de uma série de materiais importantes para prevenção e atendimento aos pacientes. Outras entidades de assistência social também receberam recursos para a compra de alimentos, a serem distribuídos junto ao público atendido.
Presente no Paraná desde 1998, a ENGIE Brasil Energia opera as Usinas Hidrelétricas Salto Osório e Salto Santiago, ambas no Rio Iguaçu, que integram a história paranaense, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico e a conservação dos recursos naturais nas regiões onde estão inseridas. Agora, soma-se a essa contribuição o Sistema de Transmissão Gralha Azul, que percorrerá 27 municípios da região Centro-Sul do Paraná.
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