A taxa de desemprego no Brasil segue altíssima. Segundo informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 12 milhões de pessoas estão sem ocupações formais e outras 38,8 milhões estão na informalidade. Mas, segundo a CEO da Icon Talent, empresa especializada em Recrutamento e Seleção de TI, Christina Curcio, há indícios de que 2020 seja um ano com mais geração de empregos. Ela afirma que as oportunidades mais prósperas estão nas áreas de vendas e de tecnologia.
Christina, que é especialista em “caçar” talentos para empresas para a área de Tecnologia, afirma que “a tecnologia está sendo utilizada em várias áreas de conhecimento, não somente em empresas de TI, assim o aumento de vagas de profissionais cresce proporcionalmente aos negócios que dependem da TI”. O que mais vem surgindo, de acordo com ela, são vagas que demandam um perfil mais estratégico nas organizações. Ou seja, a especialidade do profissional é tecnologia, mas ele tem competências digitais e comportamentais bem desenvolvidas também. “As chamadas soft skills, por exemplo capacidades de comunicação e de resolver problemas, inteligência emocional e atitude empreendedora, combinadas às digital skills, como saber utilizar a tecnologia de forma produtiva para atender às necessidades, são grandes aliadas do conhecimento técnico, uma exigência do mercado atual”, observa Elaine Pacheco, coordenadora do Núcleo de Empregabilidade da FAE.
Perfil do mercado de trabalho global
- Há um déficit de profissionais qualificados para atender à demanda de 161,5 mil vagas de tecnologia. Esses são dados de 2019. (The Network Skills in Latin America)
- A inteligência artificial vai criar 2,3 milhões de empregos em 2020, enquanto elimina 1,8 milhões. (Gartner)
- 65% das crianças que hoje estão no Ensino Fundamental terão empregos que nem existem. (Fórum Econômico Mundial)
“Estamos contratando”
Comprovando o que as especialistas em mercado de trabalho Christina Curcio e Elaine Pacheco disseram anteriormente, a startup curitibana Celero, especialista em gestão financeira, pretende crescer dois terços no número de funcionários em 2020. “Hoje somos 43 pessoas. Em janeiro, abriremos 60 vagas em diversas áreas e, até dezembro de 2020, pretendemos estar com 150 colaboradores”, afirma João Augusto Betenheuzer, um dos founders da startup. A Celero, assim como muitas das organizações da nova economia, contrata pessoas que tenham o propósito alinhado ao da empresa. “Claro que observamos as competências técnicas, mas estamos aqui para disseminar uma cultura forte, desenvolver pessoas, ensinar e alinhar. O mais importante para nós é identificar nos nossos parceiros o DNA da Celero. O olho tem de brilhar, tem de ter vontade de fazer acontecer, precisa ser transparente e saber trabalhar em equipe. Somos uma empresa que gosta muito de gente”, comenta João.
Profissionais para a nova economia
Empenhada em contribuir para a geração de impactos sociais e econômicos positivos, a FAE Centro Universitário lançou recentemente o curso de Negócios Digitais, que foi desenvolvido em parceria com empresas do ecossistema de inovação, muito bem posicionadas na era 4.0, sob a tutoria pedagógica da Instituição. O formato é inédito no Brasil na modalidade bacharelado. O curso segue o conceito de inovação aberta, um modelo considerado novo para o meio acadêmico. A nova graduação é inspirada nas tendências globais que visam à formação integral do estudante, com competências técnicas e comportamentais por meio do desenvolvimento das digital e soft skills. Assim,atende aos anseios do mercado e da própria geração, que é digital e hiperconectada, mas que ao mesmo tempo necessita de desenvoltura para lidar de maneira multidisciplinar e ágil com a rotina profissional, demonstrando inteligência emocional e grande capacidade de resolver problemas.
“Nós temos certeza de que formaremos um profissional 4.0, pois o curso de Negócios Digitais atingiu um modelo ideal porque considerou em sua concepção todas as partes envolvidas: mercado, aluno, cenário global e academia. O aluno mudou, o mercado mudou, o mundo evoluiu e o Ensino Superior precisa acompanhar, atualizar-se e estar atento para agir com responsabilidade e flexibilidade. Os alunos da FAE são globais e estão prontos para abraçar a sua escolha”, explica o pró-reitor acadêmico, Everton Drohomeretski.