As medidas restritivas de segurança e distanciamento social provocadas pela pandemia de Covid-19 desde o início de 2020 causaram inúmeros efeitos colaterais na sociedade. Foram prejuízos econômicos, sociais, emocionais e, principalmente, na área da saúde. Enquanto a população mundial aguardava a tão esperada vacina para combater o novo vírus, um outro problema grave começou a ser percebido no Brasil: a queda na cobertura vacinal, que retrocedeu a ponto de chegar aos índices registrados na década de 1980, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Esse cenário acabou provocando o reaparecimento de doenças como o sarampo, que já estava erradicado no país.
No dia 17 de outubro é comemorado o Dia Nacional da Vacinação e, em função da data, todo o mês de outubro é marcado por campanhas de conscientização sobre a importância da imunização, não apenas durante a infância, mas em todas as etapas da vida. O Laboratório Frischmann Ainsengart, unidade de medicina diagnóstica da Dasa em Curitiba, oferece, além de todas as vacinas disponíveis na rede pública, diversas facilidades para os pacientes, seguindo todos os protocolos sanitários.
De acordo com a Dra. Myrna Campagnoli, médica pediatra e diretora médica da Dasa Região Sul, o diferencial é oferecer à população um número maior de opções de imunizantes que não fazem parte do calendário obrigatório de vacinação, mas que trazem uma proteção importante, como é o caso da vacina meningo B e a ACWY, que é outro tipo de vacina contra a meningite.
Além disso, a diretora destaca a possibilidade de usar as vacinas acelulares, que tendem a apresentar menor reação vacinal depois da aplicação. “O principal exemplo é a DPQ, a tríplice bacteriana, que na forma acelular causa menor reação nas crianças. E há ainda a possibilidade das vacinas conjugadas, caso da pentavalente e da hexavalente, que transformam várias picadinhas em uma picada única”, comenta.
Passaporte sanitário
Se hoje há muita gente preocupada em tomar vacina contra a Covid-19 para poder viajar para países que estão exigindo comprovante de vacinação contra a doença, é importante lembrar que essa exigência já era feita para outros tipos de enfermidades, como febre amarela, cólera, coqueluche, rubéola, entre outras, seguindo as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (https://www.who.int/travel-advice/vaccines ).
Myrna Campagnoli ressalta que agora, além da circulação internacional, a importância de manter a vacinação em dia é necessária inclusive para garantir acesso aos serviços rotineiros das redes pública e privada, como em empresas e instituições de ensino. “Desde 2019, muitas escolas vêm solicitando, no ato da matrícula, a apresentação do calendário de vacinação”.
De acordo com ela, para justificar a ausência de alguma vacina é necessário apresentar alguma justificativa médica, como comorbidades que o estudante apresente e que o impeçam de ser vacinado naquele momento. “Esse movimento é muito importante para que se possa afirmar e reforçar a importância de se manter o calendário de vacinação em dia”, enfatiza.
De acordo com os dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Imunização, o número de bebês totalmente vacinados contra a poliomielite caiu de pouco mais de 3 milhões, em 2015, para 2,2 milhões de bebês, no ano passado. Situação similar ocorreu com a BCG, que previne a infecção pela bactéria da tuberculose. “A pandemia trouxe uma redução no número de pessoas que procuraram os serviços de saúde, públicos e privados, para realizar vacinas eletivas. Isso, inclusive, porque muitas crianças deixaram de comparecer às consultas regulares com seus pediatras. As vacinas da rede pública estão todas disponíveis na rede particular, em clínicas de vacinação, como no Frischmann Ainsengart, que oferece algumas facilidades que acabam reduzindo o estresse e a dor, principalmente no grupo pediátrico”, comenta Myrna.
Bebês precisam manter o calendário vacinal em dia para estimular o sistema imunológico. O Frischmann Ainsengart oferece vacinas conjugadas que reduzem o desconforto e o estresse entre as crianças.
Vacinação em crianças
Adultos e idosos
Mas a diretora da Dasa lembra que não são apenas as crianças que precisam receber a imunização. Os adultos e idosos também precisam estar atentos ao calendário para a realização das doses de reforço, como é o caso da vacina contra o vírus influenza, e em momentos de surto, como é o caso do sarampo. A vacina contra o HPV também pode ser aplicada nesse grupo etário. As gestantes também precisam redobrar a atenção durante esse período para garantir a imunidade do bebê.
A médica salienta que, entre os idosos, é importante prestar muita atenção às vacinas contra o pneumococo – que causa pneumonia e alguns tipos de meningite – e é indicada para as pessoas com mais de 60 anos. Outro exemplo, segundo ela, é a vacina contra o herpes zoster, que é um tipo de vírus que faz uma manifestação na pele e provoca uma manifestação dolorosa porque acomete terminações nervosas. “Além da vacinação contra o Influenza, que é fundamental nessa faixa etária”, aponta a diretora.
Myrna salienta que todas as vacinas que estão disponíveis no calendário da criança, do adulto e do idoso são vacinas seguras e efetivas. “Nenhuma dessas vacinas apresentam riscos que sobreponham os benefícios, mas a reação vacinal é uma realidade e, na grande maioria das vezes, dura de 24 a 72 horas e melhora sem nenhum tratamento específico”, afirma.