A obesidade é considerada uma doença e sua gravidade pode aumentar se houver problemas associados.
“A obesidade traz complicações de ordem cardiovascular, como a hipertensão arterial, síndromes metabólicas, como o diabetes, músculo esqueléticas, doenças de articulações, distúrbios do sono, alterações do colesterol, hérnia de hiato e refluxo, cálculos de vesícula biliar, além de doenças de ordem psicológica, como depressão e ansiedade”, afirma o cirurgião bariátrico do Hospital Novaclínica, Marcos Sigwalt.
Segundo a Federação Mundial da Obesidade, no atlas divulgado em 2022, a previsão é que o Brasil terá, até 2030, 30% da sua população obesa. Tanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) quanto o Ministério da Saúde brasileiro reconhecem que a obesidade é um problema de saúde pública, contudo ainda faltam esclarecimentos sobre o tema para a sociedade.
“É preciso trabalhar na prevenção da obesidade, estimular a boa nutrição e atividade física nas escolas. São fundamentais campanhas governamentais sérias que orientem a população ao consumo saudável de alimentos”, diz Dr. Sigwalt.
O médico explica que uma dieta saudável tem relação com a quantidade limitada e qualidade dos alimentos, ou seja, é pobre em carboidratos e gorduras, é balanceada, composta por verduras, legumes, frutas e carnes (se a pessoa não for vegana ou vegetariana) e é fracionada e combinada. Também varia conforme a duração e tipo de atividade física diária praticada.
Marcos Sigwalt explica que: “a obesidade é uma condição que traz ao corpo humano uma sobrecarga de funcionamento. Por mais natural que pareça ser nosso organismo gerar reserva de energia em forma de gordura corporal, esse tecido adiposo predispõe às alterações metabólicas e endócrinas.”
O diabetes, diz o médico, tem relação com a resistência insulínica gerada pelo aumento do tecido adiposo, mas há outras doenças que podem ser associadas. “A ocorrência de formação de placas de gordura dentro dos vasos sanguíneos gera problemas no sistema cardiovascular e a estimulação para que algumas células do nosso corpo se multipliquem de forma desordenada pode predispor a tumores em regiões como: mamas, endométrio, cólon, entre outras”.
O cirurgião bariátrico do Hospital Novaclínica lembra ainda que a depressão é outra doença que pode ser associada. “A obesidade costuma trazer consequências psicológicas ao indivíduo, seja pela restrição corporal envolvida, pela diferença do que se assume na sociedade como padrão de beleza ou mesmo pela discriminação direta ou indireta no contexto do sobrepeso”, diz.
A busca pelo peso ideal e para evitar complicações implica em mudança de hábitos e pela procura de auxílio médico, em muitos casos. Para situações mais específicas, em que a pessoa é classificada com obesidade mórbida, ou seja, em o IMC (Índice de Massa Corporal) maior de 40 ou 35 com doenças associadas, é indicada a cirurgia bariátrica.
“Depois da cirurgia há uma tendência e melhora gradual das comorbidades, isto é, das doenças que eram ligadas à obesidade. Os três primeiros meses pós-operatório, pacientes hipertensos ou diabéticos tipo II ou com colesterol elevado podem ter cura ou melhora do quadro com controle mais fácil das comorbidade”, ressalta.
Sobre possíveis riscos, o médico afirma que as complicações são raras, mas, é preciso optar por “cirurgiões experientes e credenciados”. Ele orienta que se deve buscar informações sobre quem fará o procedimento.
O especialista salienta ainda que “a intercorrência mais preocupante” é a trombose dos membros inferiores. “Com anticoagulante, uso de meia elástica e bota pneumática a chance dessa complicação diminui sobremaneira”, afirma.
O médico diz ainda que ter uma equipe que assista o paciente antes e após o procedimento, ajuda na recuperação. “Os pacientes que são acompanhados pelo psicólogo antes da cirurgia conseguem aceitar melhor as mudanças e se adaptam melhor. A mudança de vida depois da cirurgia é muito grande e a saúde do paciente fica muito melhor.”
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