Quanto mais cedo for detectado o tumor na próstata, maior é a taxa de curabilidade da doença
Quanto mais cedo for detectado o tumor na próstata, maior é a taxa de curabilidade da doença| Foto: Shutterstock
  • Por Hospital Novaclínica
  • 09/12/2022 12:04

O câncer de próstata é o segundo câncer mais frequente entre os homens, perdendo para o câncer de pele não-melanoma. Por si só o problema é um grande desafio pois, diferentemente das mulheres que são acostumadas desde a adolescência consultar regularmente o ginecologista, o homem não tem esse hábito.

Ainda há um agravante para o rastreio da doença, conforme observa o cirurgião oncológico do Hospital Novaclínica, Paulo Bozko: “Quando a gente fala do câncer de próstata, como a nossa sociedade é machista, já entra um preconceito bem sério que é o de fazer o exame de próstata. A maioria dos homens tem receio de ter que fazer o exame de toque retal, um procedimento importante para avaliar tumores de próstata iniciais, que não apresentam sintomas.”

O cirurgião atenta que o exame de toque é o responsável pela detecção de 60% dos casos de tumor e ao associar o procedimento com o PSA, o diagnóstico chega a 95%.

O médico reforça que devido a doença não apresentar sinais nos estágios iniciais, os exames preventivos e a consulta com o médico são imprescindíveis para evitar o avanço de uma possível doença.

O Dr. Bozko ressalta ainda que a incidência do câncer de próstata tem relação direta com a longevidade da população: “A incidência desse tumor é grande e tem havido um aumento de casos visto que estamos vivendo mais. Como o câncer de próstata é um câncer que acomete os homens mais velhos, então quanto mais idade o indivíduo tem, maior é o risco de ter a doença”, explica.

Além da idade avançada, outros fatores de risco são a obesidade e uma alimentação rica em gordura e pobre em frutas e vegetais. “A prevenção ainda continua sendo o melhor remédio.

Quanto mais inicialmente conseguirmos detectar os tumores, maior a taxa de curabilidade da doença. Por isso, é fundamental curarmos antes o preconceito do homem em fazer esse exame”, diz.

Alertas aos sintomas

Dr. Paulo Bozko afirma que o rastreamento da doença pode iniciar a partir dos 45 anos, mantendo avaliação anual. Segundo o médico, a partir dos exames de toque retal e PSA, conforme os sintomas do paciente, é feita uma investigação.

“Se é encontrado algum nódulo, algum caroço na próstata ou há um PSA elevado, mantêm-se o rastreamento da doença com ecografia transretal, biópsia, ressonância e investigação das metástases com raios-X e tomografia de tórax, cintilografia óssea, ecografia de fígado e, assim por diante, pois são os principais órgãos de metástase do câncer de próstata e servem para avaliar a ressecabilidade do tumor e ver se está comprometendo estruturas.”

Embora em muitos casos não haja sintomas, quando surgem estão associados ao aumento do tamanho da próstata. “Quando ocorre o aumento da próstata, a uretra, que é o canal do xixi (que passa dentro da próstata), pode ocasionar a retenção urinária, que é a sensação de não esvaziar bem a bexiga. Às vezes, pode ocorrer cistite de repetição e em alguns casos mais avançados até sangue no xixi, dores ósseas ou até emagrecimento extremo”, explica.

O tratamento do câncer de próstata depende de cada caso. “Pode ser indicado cirurgia, radioterapia, hormonioterapia e quimioterapia. Sempre iremos utilizar todas as armas da terapêutica oncológica disponíveis”, diz o médico.

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