Segundo dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, aproximadamente 25% dos idosos ativos e saudáveis apresentam alguma dificuldade na deglutição. Quando o idoso é debilitado, o percentual pode chegar a 70%, conforme o caso. Esse problema é chamado de disfagia e pode atingir pessoas de qualquer idade, mas costuma ser mais recorrente depois dos 60 anos.
Engasgos com saliva, líquidos e ao engolir são alguns sintomas e, em casos mais graves, a pessoa pode broncoaspirar (quando o alimento vai para o pulmão), e a tendência é não conseguir mastigar sem ajuda profissional.
Disfagia
“A disfagia é a dificuldade de deglutição, da transição do bolo alimentar da boca até o estômago. É sempre uma consequência de alguma situação: de uma doença neuromuscular, degenerativas, pulmonar e, embora seja mais comum em idosos, com o envelhecimento, pode ocorrer com pessoas em qualquer fase da vida”, explica a dra. Talita Todeschini Vieira, fonoaudióloga do Hospital Novaclínica.
Números da disfagia no Brasil
Com o avanço da população idosa no Brasil, a tendência é aumentar o número de casos. Em 2016, o Brasil tinha a quinta maior população de idosos do mundo, de acordo com o Ministério da Saúde. Segundo o IBGE, de 2012 para 2021, o número de pessoas com mais de 60 anos no país cresceu de 11,3% para 14,7%. Para 2030, a previsão do Instituto é termos 18,7% de idosos.
Tratamentos da disfagia
A disfagia é tratada pelo fonoaudiólogo que irá auxiliar o paciente nesse processo de recuperação. “O fonoaudiólogo vai tratar desse paciente disfágico e ajudá-lo na sua ressocialização. Um dos prazeres que temos é comer, então o profissional ajuda nesta recuperação", observa.
Dra. Talita conta que a maior parte das pessoas que tem o problema, especialmente idosos, relatam que acabam se esquivando da vida social, já que as refeições em conjunto com amigos e familiares acabam se tornando um desafio. “Muitas vezes, esses pacientes perdem o prazer em comer para não se afogar durante uma refeição realizada em conjunto em um restaurante ou em um momento de comemoração.”
Para evitar o avanço do problema, a Dra. Talita orienta que as pessoas notem a própria deglutição, a de familiares e de amigos ao seu redor, pois quanto antes o problema for diagnosticado, melhores serão os resultados.
Os tratamentos vão de exercícios para fortalecimento da musculatura orofacial, passando por diferentes consistências de alimentação, até a cirurgia. “O mais importante é lembrar sempre que há tratamento e que quanto antes iniciá-lo, melhores serão os resultados”, afirma a fonoaudióloga do Hospital Novaclínica.
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