A osteoporose atinge 1 em cada 3 mulheres após os 50 anos, e 1 em cada 5 homens – atualmente, são 10 milhões de pessoas com a doença no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Sem apresentar dor, a enfermidade só é identificada quando já está instalada, quando há alguma fratura ou com a realização de uma densitometria óssea.
Osteoporose: doença silenciosa
Exatamente por não ter sintomas aparentes, a osteoporose é considerada uma doença silenciosa.
“Como o paciente não sente dor, só vai diagnosticar o problema quando ocorrem fraturas”, alerta o ortopedista do Hospital Novaclínica, Dr. Cristiano Grassi.
A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela diminuição da densidade mineral dos ossos, perda de cálcio, deixando-os mais frágeis e suscetíveis a fraturas.
“O maior problema é uma queda entre os 60, 65 anos em pessoas que não tenham os ossos tratados”. Dr. Grassi explica que a doença não tem cura e atinge mais as mulheres (especialmente as de pele mais clara), estatística que está associada à menopausa, período em que o hormônio estrógeno praticamente deixa de ser produzido no organismo.
Sem essa proteção, elas ficam mais suscetíveis. Apesar disso, há tratamento: “É possível fazer um controle e reposição de cálcio, de vitamina D e usar os medicamentos chamados fosfonados, que fazem com que o cálcio se fixe no osso”.
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Prevenção e um ambiente seguro contra quedas
O ortopedista do Hospital Novaclínica, Dr. Cristiano Grassi, ressalta que é possível adotar hábitos para prevenir ou minimizar os sintomas da osteoporose. Entre eles estão: controle do peso para evitar sobrecarga, especialmente nos joelhos, quadris e tornozelos; fazer exercícios físicos de leve e média intensidade, preferindo caminhadas, musculação e natação; e tomar sol antes das 10h e após às 16h.
Para o diagnóstico da osteoporose é preciso fazer a densitometria óssea.
“É um exame solicitado a partir dos 60 anos e que avalia a densidade dos ossos – normalmente, da coluna e do fêmur. De posse do resultado, o médico pode classificar como osso normal ou uma osteopenia – que seria o início da osteoporose, fase em que já se deve iniciar o tratamento”, enfatiza.
Para evitar as fraturas, Dr. Grassi salienta que é importante ter uma casa segura para prevenir acidentes, como quedas e luxações:
- Dê preferência a casas térreas, sem escadas ou degraus;
- Deixe os cômodos bem iluminados e interruptores com fácil acesso;
- Evite tapetes;
- Não tenha objetos que atrapalhem a circulação, como vasos de plantas no chão;
- Os móveis devem ficar bem fixados no chão e ter, preferencialmente, pontas mais arredondadas;
- Mantenha apoios ou corrimão nos corredores;
- Prefira portas com maçanetas em forma de alavancas para encaixar melhor ao formato das mãos;
- Banheiros devem ter tapetes antiderrapante e uma barra de segurança para o morador se apoiar no banho.
Dr. Grassi também faz um alerta em relação aos pequenos animais de estimação. “Às vezes, os animais domésticos podem se enroscar no meio das pernas e derrubar as pessoas ou fazê-las tropeçar ou provocar quedas por puxões”, lembra o médico. A dica é colocar um brinquedo com guizo no pet para que ele seja facilmente visto.
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