No Mês da Mulher, a saúde feminina surge como importante conteúdo de debate. O diagnóstico para algumas das doenças mais comuns entra em pauta e o momento serve para reforçar algumas informações que, por vezes, ficam esquecidas ao longo do ano. “Relembramos o papel da mulher e do feminino no mundo como um todo. Cumprirmos nosso papel com várias facetas e, por isso, precisamos falar dos cuidados que devemos ter com a nossa saúde, mantendo a nossa qualidade de vida com exercícios regulares, cuidados com o sono e alimentação adequada”, diz a oncologista e coordenadora da cirurgia robótica do Pilar Hospital, Audrey Tsunoda.
Segundo ela, uma das doenças que merece mais atenção por conta de necessidade de diagnóstico rápido é o câncer. Em dados divulgados em 2020, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) listou quais são os tipos mais comuns da doença entre as mulheres: o de mama, o colorretal e o do colo do útero. Os três tipos que podem ser evitados com bons hábitos de vida e exames regulares.
Câncer de mama: os principais fatores para o desenvolvimento da doença são idade (sendo a maior incidência entre mulheres acima de 50 anos), histórico familiar, uso de anticoncepcionais, primeira gravidez tardia, além de obesidade, sedentarismo e consumo de álcool. Em geral, o índice de cura é alto se diagnosticado logo no início. Por conta disso, é importante a realização rotineira do autoexame e de exames de mamografia.
Câncer colorretal: o câncer de intestino surge, na maioria dos casos, a partir de lesões benignas tipo pólipos e podem evoluir para um tumor maligno ao longo dos anos. As causas podem ser a ingestão excessiva de carne vermelha, sedentarismo, tabagismo e alcoolismo. Assim como o câncer de mama, é mais comum em mulheres com mais de 50 anos. A triagem pode ser feita com exames de pesquisa de sangue nas fezes e o diagnóstico geralmente é feito por meio da colonoscopia.
Câncer do colo do útero: é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papiloma Vírus Humano (HPV, em inglês). Existem diversos tipos de HPV, divididos em dois grandes grupos, os de baixo risco e os de alto risco. Os de baixo risco podem causar verrugas nas regiões íntimas. Já os de alto risco podem causar cânceres. Atualmente, há exames preventivos, com destaque à pesquisa do vírus do HPV e ao Papanicolau, que detectam o vírus e as alterações das células, ainda nas fases inicias, facilitando o diagnóstico, o tratamento e a cura.
De acordo com a doutora Audrey, acima desses três tipos de câncer, há outro que é bastante comum entre as mulheres: o câncer de pele. Ela explica que apesar do desconforto da doença, ela é menos nociva à saúde e pode ser evitado com o uso de filtro solar desde a infância.
Prevenção e tecnologia
Segundo a doutora Audrey Tsunoda, todos os tipos de câncer citados contam com algum tipo de prevenção. O essencial é sempre contar com uma equipe multidisciplinar de médicos e com um centro de atendimento que disponha de todos os recursos necessários tanto para a detecção precoce da doença como para o tratamento do problema em suas fases inicial e mais avançada.
Referência no tratamento de câncer, o Pilar Hospital oferece desde outubro do ano passado uma tecnologia que vem se destacando no meio médico. Trata-se de uma ferramenta robótica que pode ser utilizada em diversos procedimentos: o Robô Da Vinci.
Adepta ao uso do sistema, Audrey conta que o robô é utilizado em cirurgias consideradas minimamente invasivas, que evitam grandes incisões. O equipamento permite que os procedimentos sejam realizados com extrema segurança, em tempo adequado e com qualidade de imagem, evitando complicações. Segundo a médica, o robô executa as funções com precisão e delicadeza, preservando estruturas nobres do corpo, com adequada remoção dos tumores.
“O diferencial do Robô da Vinci é que os procedimentos são menos invasivos e evitam complicações. As cirurgias chamadas convencionais também são bastante seguras, mas, com esse auxílio tecnológico, podemos oferecer uma abordagem diferenciada às nossas pacientes”, afirma Audrey. O uso do robô não somente é utilizado para casos oncológicos, estendendo-se para diversas áreas da saúde, como ginecologia, urologia, além de cirurgias do aparelho digestivo, geral, torácica e bariátrica.
Uma das preocupações se instituições sérias é garantir o atendimento humanizado às pacientes. Nesse contexto, o centro médico do Pilar Hospital mantém uma equipe especializada e sincronizada ao atendimento individualizado. De acordo com Audrey, todo o procedimento é “desenhado para a paciente”, para que, mesmo com a utilização de uma ferramenta robótica na cirurgia, o atendimento seja preservado de maneira mais humana.
Inclusive, um dos principais benefícios do uso do sistema é o retorno das pacientes às suas atividades de maneira mais rápida. Com o Da Vinci, o tempo de recuperação dos pacientes é menor, já que as cirurgias se tornam menos invasivas e o tempo de internação, mais curto.
A médica ainda expõe que a tecnologia empregada pelo robô da Vinci traz benefícios ao cirurgião, já que é proporcionado maior conforto ergonômico ao médico no momento dos procedimentos. “Com a utilização do robô, nós conseguimos utilizar instrumentos muito mais modernos. Temos como exemplo as fontes de energia diferentes e movimentos mais precisos que antes não eram possíveis com instrumentos convencionais. O robô veio para somar tecnologia e, consequentemente, melhorar os resultados dos procedimentos médicos”, garante.
A tecnologia do Da Vinci é a mais testada e apresenta o maior número de estudos científicos publicados, além de ser o método mais utilizado nos Estados Unidos e em diversas regiões da Europa e da Ásia.
Além de procedimentos cirúrgicos robotizados, o centro médico do Pilar Hospital dispõe de outras tecnologias avançadas e uma gama importante de medicamentos, assim como equipes especializadas para o acompanhamento e tratamento de mulheres que sofrem de doenças como o câncer. O hospital fica no bairro Bom Retiro, em Curitiba, na Avenida Desembargador Hugo Simas, 322.