O cenário corporativo lida com constantes transformações. A imprevisibilidade do mercado exige atenção e, principalmente, estar aberto às adaptações necessárias para acompanhar as mudanças. Uma delas, que vem forte há alguns anos, são as práticas ESG (Ambiental, Social e Governança). Tais soluções não devem ser vistas como meros modismos, mas uma resposta estratégica às demandas da sociedade e aos desafios ambientais.
De acordo com uma pesquisa feita pelo Pacto Global da ONU em parceria com a consultoria Stilingue, em 2019, a sigla ESG contava com 4 mil menções no ambiente virtual, número que saltou para 109 mil registros só nos primeiros meses de 2023. O que resulta num crescimento de 2.600% em três anos.
Tendo esse número em vista, muitos são os debates em torno do conceito de ESG e sustentabilidade, inclusive enfatizando as diferenças técnicas dos termos. Do ponto de vista acadêmico, essa discussão pode ser importante. No entanto, de uma maneira mais prática, é apenas uma distração, já que o essencial é o movimento concreto das empresas em assumir sua responsabilidade sobre as questões socioambientais.
A proliferação de regras, taxonomias, códigos, regulamentos, ratings, entre outros, exige a presença de advogados especializados para compilar, interpretar e comunicar aos gestores as novas obrigações criadas por essa entropia regulatória e suas implicações para o futuro da empresa. Trata-se de uma fase que, para ser superada e alcançar os padrões internacionais e locais consistentes, levará algum tempo.
Além disso, do c-Level aos profissionais de RH, engenheiros e contabilistas, o engajamento de todas as partes em práticas sustentáveis torna-se crucial para o sucesso empresarial e a prosperidade da sociedade.
Portanto, há uma necessidade urgente de elevar a consciência geral sobre a crise climática, causada principalmente pelas emissões de gases de efeito estufa e o desmatamento. Infelizmente, existe uma minoria estridente de negacionistas climáticos que pretende utilizar argumentos supostamente científicos para distorcer a realidade. E a opinião pública costuma ser mais sensível àquilo que é repetido mais vezes e gritado em voz mais alta, do que aos argumentos apresentados com racionalidade e polidez.
O compromisso com práticas ESG vai além de uma tendência do mundo corporativo; é uma resposta urgente aos desafios globais. Este é um chamado para ação coletiva, convidando empresas e indivíduos a assumirem sua responsabilidade e contribuírem para um futuro mais sustentável e resiliente. Afinal, a verdadeira transformação surge da união em prol de um bem maior.