Plataformas digitais ajudam pessoas a começarem a investir na bolsa de valores, mas atuação neste mercado exige estudo, análise e uma pesquisa aprofundada sobre os riscos| Foto: Envato Elements
  • Por IBEF-PR
  • 15/07/2021 10:44
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Ter um investimento seguro, rentável e com boa liquidez é o sonho de muitas pessoas. E esse mercado ganhou espaço nos últimos tempos e cada vez mais tem chamado a atenção dos brasileiros. De acordo com dados divulgados pela Bolsa de Valores (B3), logo no início da pandemia, de março a julho de 2020, mais de 900 mil investidores individuais passaram a atuar no mercado de ações. De lá para cá, o número só aumenta, chegando a registrar, em março desse ano, um total de 3,5 milhões de pessoas físicas registradas na bolsa.

A democratização do mercado de ações tem se mostrado promissora e a expectativa é que, nos próximos dois anos, o número de pessoas com CPF ativo na bolsa de valores passe de 10 milhões. Porém, na mesma proporção de crescimento, surgem também os desafios de se investir. Na promessa de uma fórmula mágica, muitas vezes apresentadas até em redes sociais, é cada vez maior o número de pessoas frustradas com esse atrativo financeiro, muitas vezes, por falta de conhecimento ou orientação.

De acordo com Daniel Alberini, sócio fundador e gestor de fundos na CTM Investimentos, o ato de investir requer estudos, análises e um trabalho de pesquisa, onde os resultados não acontecem do dia para a noite, mas ao longo de um processo. “A democratização e a ampliação do mercado de investimento para pessoas físicas no Brasil, por meio de plataformas digitais, é algo maravilhoso e mostra como o brasileiro está buscando mais educação financeira. Contudo é preciso observar a legalidade do investimento oferecido e o aspecto regulatório e legal, antes de colocar seu dinheiro. Se alguém te mostrar algum investimento, fundo ou papel que seja diferente daqueles reconhecidos pelo sistema financeiro brasileiro, foge que não é boa”, alerta Alberini.

O uso de inteligência artificial e algoritmos no mercado de ações pode auxiliar nas análises de risco, potencializar os resultados e colaborar com as tomadas de decisões| Foto: Envato Elements

Investir sozinho ou contratar uma gestora de investimentos?

Já é de conhecimento comum que para se fazer bons investimentos é preciso de estudo e experiência no assunto. Mas decidir entre se especializar na área e encarar essa jornada sozinho ou contratar uma gestora de investimentos para auxiliar nas tomadas de decisão, vai depender do tamanho do patrimônio e da disponibilidade de tempo.

O grande diferencial de uma gestora de investimentos está na experiência com o comportamento do mercado, na expertise em diversificar os ativos e na personalização dos investimentos, de acordo com o objetivo de cada cliente, seja ele pessoa física e jurídica. “Os gestores de investimentos são aqueles que realmente fazem a decisão da alocação dos recursos em seus próprios fundos. Há um mito de que investir em grandes bancos é mais seguro do que em outras instituições. Contudo, o risco de operar em uma corretora ou plataforma legalizada é o mesmo que operar em um banco, por exemplo. A questão é analisar em que investir e como investir, e é exatamente isso que uma gestora de patrimônio faz”, explica Daniel Alberini.

O gestor de investimentos ainda ressalta que fatores como tecnologias, influência política e outros movimentos do mercado podem impactar no resultado dos investimentos. “No Brasil enfrentamos uma crise econômica a cada 16 meses e, quase todas elas, vêm da influência política. Isso traz um impacto frequente para o mercado de investimento e que não acontece no restante do mundo. Proteger o capital do cliente contra esse tipo de evento é o papel da gestora de patrimônio”, considera.

Quando o assunto é inovação, o mercado de investimentos ganha ainda mais destaque, principalmente com a popularização da inteligência artificial e o uso de algoritmos para otimizar as análises. Segundo Daniel, o uso da inteligência artificial ajuda a mitigar riscos e a provisionar situações de crise, por exemplo, além de retirar o lado emocional das pessoas que estão investindo.

“O uso da inteligência artificial e dos algoritmos, muitas vezes, servem para retirar o lado emocional das pessoas que estão investindo e impedir que sentimentos como irritação, tristeza, entre outros, atuem durante o processo. Contudo, mesmo sendo um agente auxiliador, a ação humana é fundamental para traduzir essas análises e, de fato, tomar decisões” exemplifica o gestor da CTM Investimentos.

O Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças – IBEF Paraná promoveu, no dia 13 de julho, um evento exclusivo sobre o funcionamento e diferenciais de uma gestora de patrimônio. A CTM Investimentos abriu as portas da empresa para os CFOs associados conhecerem a rotina e as operações realizadas pela empresa. No bate-papo online, também foram discutidos temas como criptomoedas e criptoativos, moedas digitais, além dos riscos envolvidos no mercado de ações.

O encontro promovido pelo Instituto, chamado de CFO Day, tem como objetivo trocar experiências entre as empresas e associados sobre os diversos temas que envolvem o dia a dia do CFO e o mundo das finanças. A iniciativa é exclusiva para associados e recebeu o patrocínio de gestão da PwC Brasil, do escritório Gaia, Silva, Gaede Advogados, Banco Safra e Valore Elbrus, em conjunto com a Modalmais.

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Sobre o IBEF PR

O Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Paraná (IBEF-PR) é uma instituição sem fins lucrativos, que congrega executivos de finanças dos vários segmentos da atividade econômica do Paraná: executivos das áreas de indústria, comércio, consultorias, empresas de serviços, auditorias, instituições financeiras (bancárias e não-bancárias) e instituições governamentais.

Através de seus comitês de Finanças, Compliance e Riscos, Tributário e Empresarial, Inovação e Desenvolvimento de Executivos, o IBEF-PR realiza vários eventos, discussões e compartilha conhecimento para contribuir com o desenvolvimento dos profissionais de finanças do Paraná.