A arquitetura faz parte da história da civilização. Por meio dela, também nos reconhecemos enquanto povo. Devido à nossa colonização por múltiplas nacionalidades, vemos no Brasil um misto de referências externas que moldam nossa estética e cultura. Esse olhar para o passado é importante para entendermos como a arquitetura se apresenta hoje e como nossa cultura é expressada por meio dela.
Quando aplicadas em uma região específica, como um bairro ou cidade, a cultura e a arquitetura são excelentes meios de sociabilização. Afinal, valorizar a arte regional é uma forma de resgatar a história dessas localidades, exaltando sua cultura única e os talentos de quem ajudou a construí-la.
Com isso, tem-se o que chamamos de construções integradas à cidade. São e transpiram arte, pois não é preciso sair para vê-la ou permanecer em casa para apreciá-la. Esse conceito é visto de dentro para fora e de fora para dentro. Cada vez mais comuns na arquitetura cosmopolita, as construções atuais procuram investir em cultura para construir uma cidade mais bonita e viva.
Arte e cultura local nos empreendimentos: porque e como investir?
Como sociedade, temos símbolos em comum que nos permitem confiar, entender e chegar juntos em soluções. E, de maneira geral, todos nós compartilhamos a responsabilidade de construir nossa cidade. As construtoras e incorporadoras, que efetivamente constroem e vivem deste negócio, são fundamentais nesse processo.
Neste sentido, André Nacli, diretor geral da IDEE Incorporadora, que atuou na construção do edifício Dsenho (Bigorrilho) e do Nomaa Hotel (Batel), revela que o investimento em design, artistas e arquitetos locais ajuda a criar uma sensação de reconhecimento, que por consequência melhora a qualidade de vida de quem mora no local.
“Percebo que os clientes se identificam com a nossa vontade de desenvolver e valorizar esses profissionais", conta o empresário. “Nosso investimento em cultura passa pela vontade de criar uma identidade cultural comum a todos”.
Com esse objetivo em mente, a longo prazo, percebe-se a fidelização dos clientes e a facilidade em atrair aqueles que compartilham dos mesmos objetivos. A IDEE Incorporadora, por exemplo, trabalha, em sua maioria, com profissionais que vivem e trabalham em Curitiba, jovens ou consagrados, que possuem um olhar particular da cidade e estão comprometidos com a ideia de projetar o melhor empreendimento que aquele lugar merece.
Além da escolha dos profissionais com quem trabalhar, esse investimento em cultura também perpassa pela forma como esses empreendimentos são construídos. Evitar muros fechados no perímetro, priorizar áreas verdes e incentivar comércios no térreo promove o ciclo criativo da cidade e colabora com a arte produzida ali. Dessa forma, a relação entre os prédios e a vida se estreita, tornando tudo isso uma única manifestação cultural da cidade e de quem mora nela.
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