Vinhos biodinâmicos, uvas diferenciadas (como Aglianico e Ancellotta), vinhedos orgânicos, vinificação francesa em terras argentinas. Estar atento à novidades e tendências também é um dos passos que levam ao sucesso no mundo dos vinhos.
Pensando nisso, a MMV Importadora, de Curitiba, está aumentando seu leque de opções e trazendo novidades já para agosto. A principal delas é a chegada de três novas vinícolas da América do Sul: a Paso a Paso, a Krontiras e a CarinaE, todas argentinas. Cada qual com seu toque especial.
Paso a Paso
Seguindo a linha dos vinhos mais naturais, a Vinícola Paso a Paso apresenta os vinhos In Memorial -- branco, rosé e tinto. Eles não têm adição de sulfitos, a fermentação espontânea, sem dizer que o vinhedo é orgânico. O vinho branco leva a uva Criolla, que é tinta mas vinificada em branco; Moscatel, Torrontés e Pedro Ximenez (uva espanhola, também conhecida como PX). “É um corte bem aromático”, explica Jonas Martins, gerente geral e sommelier da MMV.
Na versão rosé, são as mesmas uvas, mas Martins explica que eles deixam a Criolla e adicionam a Bonarda um pouco em contato para obter um pouco de cor. O In Memorial tinto tem Malbec e Bonarda. Eles custarão em torno de R$ 100.
Outros três vinhos da Paso a Paso são de uma linha de vinhedos “abandonados” ou pequenos vinhedos mais domésticos em Mendoza. A linha chamada Barril por Barril tem o 100% Bonarda, o corte Bonarda e Petit Verdot (uma uva originalmente francesa) e o Cabernet Franc. “Todos também orgânicos e com passagem por barril de carvalho”, conta.
Krontiras
A segunda vinícola, Krontiras, também tem um história interessante. Os proprietários são Constantino, grego, e sua esposa argentina, Silvina. Eles seguem a linha dos biodinâmicos, que se diferem dos orgânicos. Os biodinâmicos seguem as regras da Antroposofia, que prega a relação harmoniosa dos elementos que compõem o vinhedo: o solo, as plantas, os animais, o ser humano e o universo (luz, calor, estações do ano). Martins conta que são os animais que fazem a poda, eles usam as cascas e engaço das uvas como adubo natural e o vinhedo não tem quinas, o que teria algo a ver com a energia.
São cinco rótulos. Um vinho laranja, o Cosmic Amber, um Chardonnay com uvas brancas produzido ao estilo de vinho tinto. É um vinho de guarda, safra 2020. “É super jovem, mas está ótimo pra beber”, diz Martins.
O Krontiras Malbec natural, sem leveduras. Os vinhos da linha Family Selection, um feito com a uva Aglianico, do sul da Itália. “É um vinho ácido e com muito tanino. Se assemelha ao famoso vinho Taurasi e é perfeito para harmonizar com pratos mais gordurosos”, ensina o sommelier.
O outro rótulo é 100% Petit Verdot. “É um uva tintureira, a polpa é roxa, o que resulta em um vinho bem escuro, quase café e com taninos muito macios”. O último rótulo é de Tempranillo, uma uva espanhola. “É o menos pesado dos três dessa linha”, completa.
CarinaE
O nome dessa vinícola foi criado a partir da constelação de Carina. Os produtores franceses são Philippe e Brigitte. Martins conta que eles têm um enólogo argentino, mas a assessoria de enólogos franceses. “Eles fazem uma extração fenomenal das uvas. Todos são muito encorpados. Muito pesados. Eles tentam arrancar o máximo de cor, de acidez, de aromas”, explica Martins.
A MMV está importando Malbec, Cabernet Sauvignon e Syrah. O casal dá nome a outros dois cuvées. O Brigitte tem 57% Malbec, 36% Cabernet Sauvignon e 7% Syrah. O Cuvée Philippe tem 1/3 de cada uva.
Outro vinho interessante são os três Malbecs de três terroirs diferentes. O CarinaE Harmonie Malbec é a mistura de dois terroirs: Perdriel e Cruz de Piedra. O Finca Deneza Malbec é 100% Perdriel e o outro é o Le Petit Ami do terroir de Chachingo. São três belas experiências de uma mesma uva.
Mais novidades
Na linha Cinco sentidos chegam dois vinhos de colheita tardia -- branco e tinto. Haverá ainda um Special Blend com a uva Ancellota e Malbec.
Outra bebida especial é da brasileira Viapiana, da uva Nebbiolo (mesma uva do conhecido Barolo). “É uma produção super pequena. Vamos receber cerca de 100 garrafas e que mostram todo o poder do terroir brasileiro”, garante Martins.
De Portugal, virá o vinho Popular, um vinho português para se tomar no dia a dia. Ainda do Monte da Capela, chegam um branco de reserva e o tinto Herdade da Capela Private Selection.
Na linha Fortunatus, da Viña Alto Roble, a MMV está trazendo um Cabernet Sauvignon, um Carmenere e um Pinot Noir.
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